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Salão de beleza ‘delivery’

Gisele Mendonça/Equipe Folha
24 jul 2009 às 12:28
Jú­nior Fran­ça e as ir­mãs Re­be­ca e Pau­la, no sa­lão mon­ta­do na sa­la de ca­sa: co­mo­di­da­de e con­fian­ça - Fábio Ciquini/Equipe Folha
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Profissionais que executam serviços em domicílio são cada vez mais comuns. E não só nos grandes centros. Em Londrina, já há prestadores em diversas áreas, algumas inusitadas. Um exemplo são os cabeleireiros que levam o salão para a casa do cliente. A comodidade, em alguns casos, atrai famílias inteiras, que reservam um dia na semana para atualizar o visual em conjunto. E o preço nem sempre sai mais caro do que o serviço oferecido em um estabelecimento.

Júnior França, cabeleireiro há seis anos, fez carreira em salão e há pouco mais de um mês atende exclusivamente em domicílio. Mesmo quando ainda atuava em um estabelecimento, alternava o trabalho fixo com idas a casas de clientes, depois do expediente. ‘Algumas já pediam, quando não queriam sair de casa, pegar trânsito. Vi que era uma boa ideia’, diz França, que hoje faz desses atendimentos seu principal negócio.

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  Com impulso do ‘boca a boca’, a clientela vem aumentando, principalmente entre as mulheres. ‘Uma vai vendo o cabelo da outra e assim vou ganhando mais clientes. É difícil o dia em que não tenho dois ou três horários agendados’, conta. França transporta o salão dentro de um Corsa, utilizando três malas e uma mochila. Ali tem tudo que ele precisa para cortar e fazer tinturas, escovas, penteados, maquiagem. Para facilitar o trabalho de corte, o cabeleireiro pede que a cliente esteja com o cabelo úmido quando ele chegar.

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  Segundo França, o atendimento exclusivo agrada a clientela. ‘No salão, às vezes atendia até quatro clientes ao mesmo tempo. Em casa dá para trabalhar com calma. Só saio de lá se o cliente estiver satisfeito com o resultado’, observa. Há dias em que França reserva a agenda para atender uma família inteira. Quando o serviço é grande, ele leva uma ajudante.

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  França diz que é difícil ir até a casa de alguém apenas para cortar o cabelo. Na maioria das vezes, também faz tintura e escova. O cabeleireiro cobra R$ 30 pelo corte, entre R$ 50 e R$ 70 pela tintura (incluindo o produto) e R$ 40 por cada penteado ou maquiagem. Apesar do negócio estar indo bem, ele alimenta o sonho de ter o próprio salão.


Corte interativo

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  Quando alguém chama um cabeleireiro em casa, qualquer cômodo pode virar um salão, inclusive o quintal. Muitas vezes, o espelho é dispensável. ‘Até hoje não tive nenhuma reclamação (do trabalho). As pessoas confiam, vão dando suas opiniões. O corte é interativo’, brinca Luiz Carlos Fantaussi, funcionário público que trabalha como cabeleireiro fora do expediente comercial. Há dez anos, ele fez o curso no Senac e desde então atende em domicílio.


  A especialidade de Fantaussi é o corte (adultos e crianças). O preço quase simbólico (R$ 5) tem uma explicação: ‘Para mim é um hobby, uma higiene mental. Me divirto, faço amizades, e, claro, acabo aumentando um pouco o orçamento’, diz ele, que transporta o seu ‘salão’ em uma mochila grande a bordo de uma moto.

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  Ele usa um borrifador para umedecer o cabelo e costuma atender várias pessoas de uma mesma família. ‘Às vezes, vira uma festa. Tem mãe, pai, filhos, primos, tios. Nós acabamos ganhando liberdade das pessoas, pois entramos na casa delas’, destaca. Entre os clientes de Fantaussi, há moradores de três sítios na região de Londrina.


Clientes gostam da comodidade

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  As irmãs Rebeca e Paula Marchezoni Alho da Silva cortam e arrumam o cabelo em casa há cerca de um ano. Os principais motivos apontados são a comodidade e a identificação com o trabalho do profissional. Na casa delas, o salão é montado no meio da sala. ‘Precisa só de uma cadeira e uma tomada’, diz Rebeca, que descobriu o cabeleireiro através de uma amiga e virou cliente.


  ‘Assim como minha irmã (Paula é estudante universitária), tenho uma rotina bem cheia de compromissos, então é muito cômodo receber o cabeleireiro em casa. É divertido, a gente relaxa, lê alguma coisa, assiste TV’, completa Rebeca. Ela considera os preços acessíveis, levando em conta os valores cobrados por salões de alto padrão em Londrina. ‘Faço escova marroquina em casa e pago R$ 80, mas sei que tem salão cobrando R$ 260’.

  A farmacêutica Solange Junqueira costuma chamar um profissional para cortar o cabelo dela e dos dois filhos (de 4 e 11 anos). ‘Acho ótimo, porque sair de casa com duas crianças não é nada fácil. E agora, tenho uma menina (de três meses), que também vai ser cliente’, conta. Ela revela que a descontração do trabalho do profissional fez as crianças perderem o ‘trauma’ de salão. ‘Ele brinca, tem toda uma psicologia. As crianças adoram’.


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