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Netflix: em 20 anos, 90% do que as pessoas vão assistir estará online

Matheus Mans - Agência Estado
28 fev 2017 às 15:56
- Reprodução
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O presidente executivo e cofundador do serviço de streaming Netflix, Reed Hastings, afirmou nesta segunda-feira (27) que 90% do conteúdo assistido pelas pessoas daqui a 10 a 20 anos será transmitido via internet. "A internet é importante para a disseminação de conteúdo em vídeo", disse o executivo da Netflix. A afirmação, que mostra o papel central que os serviços de streaming devem ter no futuro, aconteceu durante uma entrevista do executivo no palco principal do Mobile World Congress (MWC), maior congresso de celulares do mundo, que começou nesta segunda-feira, 27, em Barcelona, na Espanha.

Para atender à demanda crescente por conteúdo em vídeo, Hastings disse que o Netflix trabalha com todas opções de vídeo. Após lançar a opção que permite baixar vídeos para assistir offline, a empresa também disse considerar a opção de produzir vídeos em modo retrato - no qual a tela fica na vertical, como no aplicativo de vídeos efêmeros Snapchat. "Precisamos nos adaptar para todos os tipos de telas", disse.

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Ainda sobre o futuro, Hastings disse estar animado com o avanço da inteligência artificial. Ele fez uma provocação sobre a existência de robôs em uma sociedade futura. Para ele, não é impossível que as pessoas vivam em sociedade com as máquinas. "Daqui algum tempo, teremos que produzir conteúdo de entretenimento não só para humanos, mas para inteligências artificiais", brincou o executivo.

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Crescimento

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De acordo com os últimos dados divulgados pelo Netflix, o serviço ultrapassou a marca de 90 milhões de usuários. Hastings diz que o crescimento é acelerado e, em breve, a empresa deve ultrapassar a marca de 100 milhões de assinantes em todo o mundo. Países de regiões como África, Ásia e Oriente Médio puxam o aumento no número de usuários globais do serviço - atualmente, o Netflix funciona em quase todos os países do mundo, exceto na China. "Nós estamos aprendendo muito com nossa experiência ao redor do mundo", disse o executivo.


Para Hastings, o conteúdo local oferecido pela Netflix é uma das principais e mais seguras apostas da empresa. Segundo ele, a série brasileira 3%, por exemplo, se tornou muito popular em países como Alemanha e Estados Unidos. "Nós criamos produção locais com história locais para um público global", disse o executivo. "Queremos contar histórias de todo o lugar do mundo."

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Trajetória


Além de fazer previsões, Hastings também relembrou do passado. Segundo ele, a ideia de um serviço como o Netflix surgiu antes mesmo da internet suportar algo parecido com o serviço de streaming. "Antes mesmo do DVD, eu já pensava em compartilhar vídeo e mídia com as pessoas", explica o executivo.

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Antes de ser um serviço de streaming, a Netflix era uma locadora que operava por meio de um sistema de assinatura: as pessoas pagavam uma taxa mensal para receber filmes, por meio dos correios. O serviço funcionava sem taxa de entrega e sem multa por atraso, já que a própria empresa recolhia os DVDs. "Enquanto não desenvolveram a tecnologia, a gente trabalhou com o que podia", disse o executivo.


Polêmicas


O cofundador da Netflix não fugiu das polêmicas durante sua apresentação durante o Mobile World Congress. Sobre a acusação de operadoras de telefonia de que o streaming consome grande quantia de dados, Hastings disse que a Netflix vem desenvolvendo, ao longo dos últimos anos, tecnologias para compactar cada vez mais os vídeos, o que permite que eles sobrecarreguem menos a infraestrutura de rede das operadoras. "Nós estamos tentando ser mais eficientes ao oferecer conteúdo para os usuários", disse.

Hastings também negou que o Netflix tenha feito as pessoas trocarem seus pacotes de TV por assinatura pelo serviço de streaming, que é significativamente mais barato. "Nos Estados Unidos, o número de assinantes de TV a cabo se manteve", afirmou. "O Netflix é mais uma fonte de entretenimento para as pessoas, assim como canais de TV por assinatura continuam sendo."


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