Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Prime Video

'A Química que Há Entre Nós' explora lado sombrio de romances adolescentes

Folhapress
24 ago 2020 às 09:52
- Reprodução
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

Os filmes e séries com pegada adolescente, sobre crushes e primeiros amores, parecem estar chegando aos montes aos serviços de streaming. A Netflix, por exemplo, já estreou esse ano continuações de grandes sucessos de sua aba de comédias romântica jovens, "A Barraca do Beijo 2" e "Para Todos os Garotos: P.S. Ainda Amo Você".


Mas chegou, recentemente, à plataforma vizinha Amazon Prime Video, um filme que pode enganar. No primeiro momento, o novo lançamento pode parecer mais um romance adolescente, mas, no fundo, ele pega a contramão do subgênero e acelera em direção a um caminho muito mais sombrio e complexo.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


"A Química que Há Entre Nós" estreou no serviço nesta sexta-feira (21) e é uma adaptação do livro homônimo, escrito pela australiana Krystal Sutherland. Na trama, Austin Abrams vive Henry, o editor-chefe do jornal de sua escola. Ele tem como assistente a misteriosa Grace, papel de Lili Reinhart, por quem logo se apaixona.

Leia mais:

Imagem de destaque
Aos 83 anos

Morre Paulo César Pereio, ícone rebelde do cinema nacional, aos 83 anos

Imagem de destaque
Aos 98 anos

Morre Roger Corman, produtor de cinema que descobriu Scorsese e De Niro

Imagem de destaque
Assista!

Em live no YouTube, Viih Tube e Eliezer fazem chá revelação do segundo bebê da família

Imagem de destaque
Nas redes sociais

Pedro Scooby rebate críticas após ida ao Rio Grande do Sul


A personagem, no entanto, tem dificuldade de se conectar com os colegas, por causa de um acidente de carro que mudou completamente a sua vida. E, à medida em que Henry se aproxima dela, sua vida pacata e feliz é sugada para um emaranhado de sentimentos confusos e incertezas.

Publicidade


"O livro tem uma dissonância muito interessante, porque por um lado ele é muito sombrio e explora temas relacionados a trauma, luto, perda e decepções amorosas, e eu me relacionei com isso. Por outro lado, ele é agridoce, porque tem uma mensagem de esperança", diz o diretor Richard Tanne.


"Existem dois mundos nessa trama: o brilhante e alegre subúrbio onde Henry vive, com seus privilégios e uma boa família, e esse submundo sombrio, mais adulto, cheio de dor e perda no qual Grace existe. Henry não conhece esse mundo e, quando se apaixona por ela, não imagina que vai ser levado para esse lugar."

Publicidade


O cineasta não tem uma relação de proximidade com tramas adolescentes, universo do qual vieram os protagonistas do filme -Abrams de "Cidade de Papel" e Reinhart da série "Riverdale". Mas ele logo se interessou por aquela história ao notar semelhanças entre ela e suas experiências reais da época de escola.


"Minha própria experiência no ensino médio foi, de certa forma, moldada por aspectos sombrios da minha vida -e eu queria contar uma história sobre jovens por esse prisma", afirma ele, que batalhou para que o estúdio concordasse com uma classificação indicativa mais alta que a de outros dramas adolescentes.

Publicidade


Tanne também era editor-chefe do jornal da sua escola e, nesse mesmo período, sofreu de um coração partido. Outro tema que molda a jornada da dupla protagonista de "A Química que Há Entre Nós" é o passado trágico de Grace, que, de acordo com o cineasta, o fez lembrar de um acidente automobilístico muito semelhante no qual se envolveu na juventude -"eu pude encaixar algumas coisas pessoais nas rachaduras da trama".


Mas o romance de Henry e Grace nem sempre foi assim. O livro de Sutherland, adaptado para o cinema pelo próprio Tanne, trata dos mesmos temas, claro, mas de uma maneira não tão séria.

Publicidade


"O livro tem esse lado divertido, meio abobalhado, e eu gosto disso, mas não era o que eu queria fazer. Eu queria destacar a dinâmica dos protagonistas e essa montanha-russa de emoções deles. E eu acabei encontrando várias maneiras de fazer isso de forma visual", afirma.


Para Tanne, apesar do distanciamento em relação ao universo adolescente, a enxurrada de histórias do gênero que tem abastecido os streamings é algo positivo. Especialmente em termos de orçamento, já que, segundo o diretor, "A Química que Há Entre Nós" recebeu um investimento maior do que teria em estúdios tradicionais de Hollywood.

"Eu diria que o streaming é um caminho para muita coisa que não tem uma base de fãs já sólida, o potencial de ter uma ou chances de gerar sequências. Os streamings estão se tornando o marco zero para uma nova leva de filmes independentes, de orçamento médio. O fato é que há um novo lar para esse tipo de narrativa", diz.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade