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Em 1º jogo após morte de jogador do sub-17 da Lusa, emoção toma conta do Canindé

Agência Estado
26 out 2016 às 16:20
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O goleiro Matheus olhava para frente, exigência da sua função, procurando orientar o posicionamento correto da equipe em campo. O sentimento na manhã desta quarta-feira, porém, era de ausência. Poucos passos adiante, na entrada da área, ele não vê mais o zagueiro Lucas. A morte trágica do companheiro na semana passada abalou o time sub-17 da Portuguesa.

Antes do jogo contra o Diadema, pelas quartas de final do Campeonato Paulista, os jogadores entraram no gramado do Canindé com uma camiseta e uma faixa para homenageá-lo. Ao lado da foto de Lucas, os dizeres "Realizando seu sonho...", seguidos da mensagem: "Todos os dias, Deus viaja comigo. Se um dia eu não voltar, é porque viajei com Ele."

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A fila de jogadores foi puxada pelo avô de criação de Lucas, Ivan Marques. O sonho da promessa da Lusa de 16 anos era atuar no Canindé. O jogo contra o Diadema, agendado originalmente para o último sábado, dia 22 de outubro, seria o primeiro. Ele morreu dois dias antes. O corpo foi encontrado na piscina do clube, dia 20, após uma confraternização do time pela classificação às quartas de final do Paulista.

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Poucas horas antes da tragédia, emocionado, Lucas agradeceu ao coordenador do time sub-17, Ricardo Alonso, pela oportunidade de jogar no Canindé. A Portuguesa mandou todos os jogos do Paulista até aquele momento no CT do Parque Ecológico do Tietê. A utilização do estádio era mais um prêmio ao elenco pela excelente campanha na competição.

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A homenagem foi uma iniciativa dos próprios jogadores. Alguns choraram. Outros beijaram a foto de Lucas, em um último adeus. No braço, uma fita preta para simbolizar o momento de luto, sentimento que alguns, muitos jovens, conviveram pela primeira vez.


O avô estava emocionado. O semblante era de abatimento pela perda do neto que criou desde que ele foi abandonado pelo pai e sua mãe, Mércia, se mudou para Carnaíba, cidade no interior de Pernambuco a 357 quilômetros do Recife. Mas, nas palavras de Ivan, Lucas continua vivo. Não faltam histórias. Lucas, certa vez, cobrou o avô, que se arrisca como goleiro em um time de várzea, o Serra Morena, por falhar em um gol por ignorar uma orientação do neto. "Ele me chamou de burro o dia todo, ficou bastante irritado", relembra, com um sorriso no rosto.


Ao lado de alguns familiares, Ivan acompanhou o jogo das arquibancadas do Canindé, próximo da faixa em homenagem ao neto. Antes da partida, o goleiro Matheus, que era muito próximo de Lucas, fez uma promessa: "Não vamos perder esse jogo de jeito nenhum."

Matheus fez duas defesas inacreditáveis e garantiu o 0 a 0. O jogo de volta será no sábado, no Baetão, em São Bernardo do Campo. No final da partida, o avô foi até o vestiário para abraçar o goleiro e os garotos da equipe sub-17 para agradecer o carinho, causando comoção.


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