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Liderança: missão ou tarefa?

Flávio Moura
17 fev 2017 às 16:21
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Se você parar para acompanhar de perto a rotina de alguns líderes, facilmente identificará diferenças na atuação deles diante dos desafios do cargo e também ao conduzir suas equipes. E tudo começa com as crenças que cultivam sobre a natureza e o significado do próprio trabalho.

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Vou explicar aonde quero chegar lembrando de uma história bastante conhecida. Certa vez, um viajante deparou-se com uma obra em início de construção. No local, havia três pedreiros, que trabalhavam arduamente. O viajante aproximou-se de um deles e perguntou o que estava fazendo. "Estou quebrando pedras", respondeu. Em seu semblante era possível perceber um misto de dor e sofrimento.

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Curioso, o viajante dirigiu-se ao segundo pedreiro e repetiu a pergunta. Desta vez, a resposta foi: "Estou ganhando a vida". Este parecia conformado com o trabalho que precisava realizar para levar o pão de cada dia à sua família. Para entender o que seria aquela construção, o viajante perguntou, então, ao terceiro pedreiro: "O que você está fazendo?" Este lhe respondeu: "Estou construindo uma Catedral!"

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Esta simples história mostra claramente como cada profissional encara o próprio trabalho. O primeiro, como um fardo. O segundo, como uma obrigação. Apenas o terceiro vê na obra uma verdadeira e importante missão e se sente comprometido a fazer o melhor que puder.


Os líderes agem da mesma forma. Alguns enxergam o papel que desempenham como uma grande missão e estão dispostos a ir até as últimas consequências para atingir as metas, mesmo que isso signifique trabalhar até mais tarde, dedicar tempo para ouvir os colaboradores do seu time, ultrapassar os limites da área em que atuam para envolver mais pessoas, ou mesmo, se necessário, recomeçar tudo do zero.

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Por outro lado, existem gestores incapazes de se doar aos outros, que realizam somente as tarefas que lhe foram atribuídas e sempre esperam algum tipo de recompensa se tiverem que fazer algo a mais. Profissionais que apresentam esse tipo de comportamento só enxergam problemas e não as possibilidades de solução. Encaram a própria equipe como um peso, além de contar as horas para que o dia termine.


Neste mundo movido a desafios, para alcançar a excelência, é preciso fazer muito mais do que contentar-se com o possível. Estar à frente de um time não pode representar para um líder um tipo de castigo, mas uma oportunidade de aprender, de se relacionar e mover pessoas em busca de resultados. É papel do gestor engajá-las, orientá-las e, acima de tudo, transmitir confiança.


É importante destacar ainda que o cargo em si não transforma um profissional em líder. É preciso muito mais do que uma posição formal de gestão em uma companhia para liderar de verdade. E enxergar o próprio papel como uma missão é o primeiro passo para ter sucesso, tanto na condução de pessoas como do negócio.

Infelizmente, a maioria dos líderes age como os dois primeiros pedreiros da história, que veem o trabalho como uma tarefa cansativa e obrigatória. Entretanto, mesmo em uma proporção menor, existem profissionais focados, que compreendem que fazem parte de algo grandioso e consideram o papel que exercem algo importante não apenas para si, mas para o grupo que lideram e a empresa em que atuam.

E você? Tem apenas cumprido tarefas ou encarado seu papel de líder como uma verdadeira missão?


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