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Viva com calma

Medicina "slow" defende benefícios de atender pacientes com menos pressa

Redação Bonde com Assessoria de Imprensa
03 abr 2017 às 14:17
- Divulgação
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A vida está mais corrida e as pessoas estão cada vez mais acostumadas a viver nesse ritmo. Talvez, por consequência disso, cerca de 30% dos brasileiros possuem a síndrome da pressa, segundo o International Stress Management Association no Brasil (ISMA-BR). A síndrome é em um problema comportamental e psicológico mas ainda não é distinguida como doença pela psiquiatria. Falta de paciência, tensão, dificuldade de convívio e problemas recorrentes de estresse são algumas características.

Por uma medicina sem pressa
O movimento slow tem suas origens na Itália, onde chefs buscavam por um modelo de alimentação que funcionasse como contraponto à ditadura do fast food. Assim, criaram a vertente slow food. Apesar da tradução dar a impressão de lentidão, a filosofia traz a pratica de todas as atividades do dia a dia de forma mais cuidadosa e tranquila, apreciando cada momento e sem fazer várias coisas ao mesmo tempo.

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Dessa forma, surgiu também o conceito de slow medicine, que aposta na ideia de que as consultas médicas possam ser realizadas com mais conversas e assim, menor necessidade de exames e priorizando o diagnóstico clínico. "A slow medicine resgata o tempo como parte essencial da abordagem médica", ressalta o geriatra José Carlos Campos Velho. "Embora pareça romântico, este é o cuidado médico que aprendemos, e esta deveria ser a maneira pela qual a assistência à saúde deveria ser conduzida habitualmente, não importando a especialidade", defende ele.

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Para Fernando Fernandes, médico analista da Evidências, essa prática é algo difundido há muito tempo e que deve ser relembrada. "Trata-se de algo que todo médico deveria fazer: ouvir mais, examinar clinicamente mais e pedir menos exames. É como os alunos de medicina aprendem nas escolas, porém, por conta da falta de tempo e do medo de errar, pedem mais exames e examinam menos", analisa.

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Em uma consulta voltada a ouvir as necessidades do paciente, a chance de se pedir exames extras e sem necessidade diminui, facilitando o direcionamento do tratamento. Além disso, essa prática ajuda a melhorar o relacionamento médico-paciente, aumentando os diagnósticos mais assertivos e a confiança da população em seus médicos.


Os brasileiros tendem a investir em mais cuidados médicos, com 73% dos entrevistados pelo Target Group Index afirmando que pagariam qualquer preço pela sua saúde. Não é à toa que cada vez mais as terapias e cuidados voltados para um maior zelo com o corpo e a busca por menos pressa crescem em procura, como é o caso da meditação, ioga e cuidados anti-stress. Algumas delas inclusive são oferecidas hoje pelo Sistema Único de Saúde Brasileiro (SUS).

"O movimento slow é o questionamento da velocidade do cotidiano imposto pela modernidade e os benefícios advindos de uma atenção maior à vida presente – no resgate da solidez do momento vivido em detalhes: uma refeição com os amigos, a convivência com a família, uma caminhada num lugar agradável, o mergulhar na escuta de um concerto e nas decisões do cuidar de si próprio e da própria saúde", destaca Campos Velho.


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