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Atenção aos sintomas

Mitos e verdades sobre a doença de Crohn

Redação Bonde com Assessoria de Imprensa
23 mai 2017 às 16:04
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Uma das enfermidades que afeta cerca de 150 mil brasileiros, e cresce a cada ano, a Doença de Crohn, normalmente, acomete o intestino delgado e o intestino grosso. No entanto, também pode comprometer qualquer parte do trato gastrointestinal. É uma doença autoimune, considerada crônica e possui maior incidência em pessoas entre 15 e 35 anos. Para esclarecer pontos importantes relacionados ao problema, a gastroenterologista Cristina Flores, do Hospital das Clínicas de Porto Alegre, traz alguns mitos e verdades que permeiam a doença.

O estilo de vida é um dos fatores para o aparecimento da Doença de Crohn. Verdade. Ainda não se sabe o que desencadeia a enfermidade, mas pesquisas recentes apontam que se trata de uma doença associada à vida moderna. "Acreditamos que o gatilho esteja ligado à industrialização, principalmente ao consumo de alimentos industrializados – com seus aditivos. Também é mais comum em países com melhores condições de higiene e saneamento. Outros fatores relacionados são a pré-disposição genética, o uso excessivo de antibióticos na infância, alterando a flora intestinal. Todos esses fatores podem contribuir para um desequilíbrio do sistema imunológico, que passa a reconhecer todas bactérias, sejam elas boas ou ruins para a saúde, como potenciais inimigos, causando, assim, a inflamação do intestino e levando aos sintomas da doença", esclarece a gastroenterologista. Além disso, o estresse, o tabagismo e uma dieta desbalanceada podem influenciar os sintomas e a gravidade do quadro. Por isso, os médicos recomendam manter uma alimentação balanceada, não fumar, evitar bebidas alcoólicas e praticar atividades físicas regularmente.

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A maioria dos diagnósticos é feita na fase inicial da doença. Mito. Apesar de os sintomas trazerem grandes impactos ao dia a dia dos pacientes, o diagnóstico da doença é considerado difícil, uma vez que os sintomas podem ser confundidos com problemas mais comuns, como uma simples diarreia. Em média, os pacientes demoram de três a quatro anos para serem diagnosticados, geralmente, quando a doença já está avançada e pode evoluir para estreitamento, perfuração intestinal, câncer, desnutrição, anemia, infecção e até mesmo à morte. Por isso, é importante ficar atento aos sintomas e sempre procurar um médico em casos de alterações gastrointestinais.

Tratamento pode proporcionar uma vida normal ao paciente.
Verdade. A doença não tem cura, mas o tratamento tem o objetivo de eliminar os sintomas e devolver o bem-estar do paciente. Em longo prazo, alguns medicamentos proporcionam a cicatrização do intestino, da mucosa, o que leva à remissão da doença. Nessa fase, o paciente pode ter uma vida normal, sem sequelas inflamatórias. No entanto, é preciso seguir corretamente o tratamento indicado, não falhar com a medicação e manter um estilo de vida saudável.

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Atualmente, no estágio inicial da doença, é comum o uso de anti-inflamatórios específicos. Nas fases mais agudas, indica-se o corticoide, porém, se o paciente não responder a esse tratamento, existem medicamentos imunossupressores que ajudam no controle da doença e os medicamentos biológicos, classes mais modernas e indicadas a perfis específicos de pacientes, que melhoram consideravelmente a qualidade de vida dessas pessoas. Ainda existem muitas situações em que a cirurgia pode ser recomendada.


Pacientes com Doença de Crohn têm poucas opções terapêuticas. Mito. Mesmo que a causa da doença ainda seja incerta, as opções de tratamento estão cada vez mais inovadoras e diversificadas. Os medicamentos biológicos, por exemplo, trazem segurança e eficácia em diversas fases da doença. Estudos recentes mostram que novas opções de tratamento, com altas taxas de resposta e novos mecanismos de ação devem chegar ao mercado em breve.

Tratamentos biológicos estão fora da lista de cobertura dos planos de saúde. Mito. As terapias imunobiológicas endovenosa e subcutânea estão disponíveis para pacientes beneficiários dos planos de saúde nos ambientes ambulatorial e hospitalar. A cobertura, no entanto, depende de alguns fatores como o índice de atividade da doença mais a falta de resposta a drogas imunossupressoras ou imunomoduladoras em um determinado período ou, ainda, do grau da enfermidade.


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