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Negar o próprio sofrimento pode desencadear o suicídio

Redação Bonde com Assessoria de Imprensa
19 set 2017 às 15:37
- Reprodução/Pixabay
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O suicídio é uma consequência extrema de questões não problematizadas. É desta maneira que o psicólogo Alexandre Braga, que atende pelo Zenklub, começa a tratar o assunto. Para ele o assunto ainda é visto como um tabu. "É preciso deixar claro que não há como dividir as pessoas em dois blocos, um com potenciais suicidas e outros que não correm o risco. O sujeito que se suicida quer exterminar o sofrimento e não a vida. Todos nós sofremos e, por isso, podemos optar por tirar a nossa própria vida em um momento em que nos vemos sem esperança".

De acordo com ele, nos tempos atuais as pessoas buscam o prazer imediato o tempo inteiro como uma saída para evitar sofrer ao invés de tentar compreender as suas dores. "Buscar um psicólogo é pagar para ouvir o que não queremos, entretanto, o que é necessário. O vazio que sentimos não é uma doença, é uma condição humana", conta Braga. "Desmistificar a terapia é urgente porque cuidar da saúde mental é tão importante quanto a saúde física. Não sabemos quando e porquê, mas é certo que sempre teremos algum sofrimento psíquico que nos obriga a olhar pra si mesmos e evoluir a partir disso".

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Não tomar contato com o que nos faz sofrer é como uma represa que pode transbordar a qualquer momento. Quando isso acontece, o especialista conta que o fato de não termos intimidade com as nossas dores, faz com que não nos reconheçamos e a dor se torne insuportável, maior que o próprio eu.

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O psicólogo revela alguns sinais que podem ser identificados pelas pessoas próximas, especialmente, pais e professores, já que a maioria dos casos é com os jovens com faixa etária entre 15 a 29 anos de idade - em 2014 foram registrados 2.898 casos de suicídio, dado divulgado pelo Mapa da Violência 2017, estudo publicado anualmente a partir de dados oficiais do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde.

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Isolamento - apesar de ser um comportamento tipicamente adolescente, é bom ficar atento. Não poder conviver com o outro revela dificuldades em estar consigo mesmo.


Dificuldade de expressar agressividade - pessoas que não reagem a diversas situações que deveriam provocar raiva ou mesmo tristeza podem ter dificuldades em externalizar os problemas, o que os torna muito mais difíceis de elaborar.

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Excessiva adaptação - pessoas que supostamente se adaptam facilmente a qualquer lugar, situação e pessoas podem ter dificuldades em tomar contato com o próprio desejo. Normalmente estas pessoas estão fechadas em seus próprios mundos e sentem muita dificuldade de entenderem o que querem e quem são.


Bullying -quem é vítima de bullying e tem alguma fragilidade psíquica pode não suportar o isolamento, o medo, a raiva, entre outros sentimentos. Seria ainda mais complexo quando se trata de uma pessoa que não compreende que é vítima e passa a fantasiar que ela é que seria inadequada e que não vê esperança quanto à própria vida.

Pouca autoridade dos pais - os jovens precisam de limites e sentem-se abandonados inconscientemente quando os pais não exercem sua autoridade. O limite é uma forma de contenção e carinho, um contorno necessário para quem ainda está se desenvolvendo rumo à vida adulta.


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