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Seu cérebro trabalha muito mais em repouso do que você imagina

Redação Bonde
11 set 2015 às 14:33
- Divulgação
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A atividade realizada pelo cérebro enquanto se está descansando é bem mais ampla do que se imaginava, segundo um estudo alemão publicado recentemente na revista Science Advances. O chamado estado de "barulho de fundo", que é quando o cérebro está em uma espécie de "stand by", ajuda a manter as conexões dos neurônios, segundo o estudo.


Esse "barulho de fundo" é uma das atividades neurológicas mais interessantes do cérebro, pois não resulta diretamente de estímulos sensoriais ou da coordenação de movimentos, ou seja, é uma atividade que não tem ligação com variáveis externas. "É algo parecido com o que acontece quando nos desconectamos do mundo e sonhamos acordados", afirma Iain Stitt, que liderou o estudo no Centro Médico Universitário de Hamburgo-Eppendorf, na Alemanha.

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Os pesquisadores observaram o cérebro em repouso e captaram atividades neurais durante esse estado. Até aí, não há novidades. Por muito tempo já se sabia que o cérebro tinha atividade neural mesmo em repouso, mas pensava-se que essa ação era produto de flutuações randômicas nas redes de neurônios. No entanto, esta nova pesquisa leva a crer que o cérebro realiza uma organização de grande escala em suas redes durante este estado para prever ações futuras.

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É como se ele "estudasse para a prova" durante o sono. Ele relembra as ações do dia e consegue criar padrões para ações futuras. "É uma forma de fortalecer as conexões entre os neurônios que codificam traços de comportamento para que possam ser repetidos no futuro", diz Stitt.

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Outra conclusão do estudo é que, essa atividade dos neurônios durante o "barulho de fundo" do cérebro acontece não só no córtex (como se imaginava), como também em outra estrutura do cérebro chamada de colículo superior do mesencéfalo.


Em vez de usar a ressonância magnética para medir a ação dos neurônios, os cientistas usaram técnicas de eletrofisiologia, como colocar eletrodos diretamente no tecido cerebral – no caso, no de furões (seguindo a Lei de Proteção de Animais da Alemanha). O estudo foi realizado em animais anestesiados, cujo estado do cérebro é muito parecido ao do sono profundo.

Os resultados desse estudo sugerem que pesquisas feitas com eletrofisiologia também podem ser usadas para detectar quando a atividade neurológica de fundo não está funcionando normalmente, como no caso do autismo e da esquizofrenia. "Algumas pessoas com autismo têm dificuldade em modular os efeitos da atividade neurológica de fundo, o que torna complicado para eles lidarem com tarefas cognitivas. Na esquizofrenia, a atividade de fundo é ampliada e pode contribuir para a formação de alucinações".
(com informações do site UOL)


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