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Atenção ao tratamento

Surtos psicóticos em crianças são relacionados à remédio para asma

Redação Bonde
20 set 2016 às 15:23
- Divulgação
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Como se a asma já não fosse algo preocupante, há tempos autoridades têm observado uma classe de medicamentos usada para tratar o problema.

Conforme autoridades de saúde australianas, casos de depressão e tendências suicidas em crianças e adolescentes foram relatados após o uso de remédios contra a asma, rinite e dermatite atópica. Isso aconteceu com todos os medicamentos que levavam em sua base a substância montelucaste de sódio.

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Conforme dados da rede australiana ABC, a agência reguladora de medicamentos do país recebeu quase 90 relatos de efeitos colaterais neuropsiquiátricos em crianças que se tratavam com algum medicamento com o princípio ativo em sua formulação. Entre todos os casos, oito deles apresentaram pensamentos suicidas e outros oito, quadros de depressão grave.

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Uma mãe australiana de nome Melanie (não quis revelar sobrenome) detalhou o surto psicótico que seu filho Harrison, de 6 anos, teve. Um menino que sempre foi calmo e amigável passou a ter ataques de raiva, além de ranger os dentes e contorcer a face. Tudo isso logo após iniciar o tratamento contra a asma do garoto.

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"Eu estava incrivelmente chocada quando percebi que uma pequena pastilha para controlar os sintomas da asma poderia ser vinculado a tais sintomas psicológicos graves", confessou a mãe.


Apesar das histórias serem assustadoras, o alergista e presidente da Asbai (Associação Brasileira de Alergia e Imunologia) José Carlos Perini afirma que não há motivo para alarde.

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"No Brasil não há relatos de casos tão graves", explicou Perini, que disse ainda que apesar do risco existir, esse efeito colateral é bem raro, sendo que as reações mais comuns após o uso desse medicamento são sonolência e dores de cabeça. Mas o profissional não descarta a importância de observar o comportamento da criança e, caso note algo diferente, o médico recomenda a busca por orientação.


Os remédios a base de montelucaste de sódio são frequentemente prescritos por pediatras por serem de fácil administração em crianças. É o que ressalta o pneumo-pediatra Joaquim Carlos Rodrigues. "O método mais eficiente contra a asma é a ‘bombinha’, mas muitos pais têm aversão a ela, o que melhora a adesão ao montelucaste e acaba aumentado o número de prescrições", completou.

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No Brasil, existem 24 medicamentos que tem o motelucaste de sódio como princípio ativo, conforme dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Apesar da bula desses remédios apontarem para a possibilidade de surgimento de efeitos colaterais severos envolvendo oscilações de comportamento e humor, as autoridades australianas mantêm o alerta.


A agência americana responsável pela regulação de alimento e medicamentos investiga a segurança do uso desses remédios desde que um menino de 15 anos se suicidou 17 dias após ter dado início ao tratamento com o montelucaste.

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Nesse sentido, a agência reguladora norte-americana exige que as informações contidas na bula desses remédios sejam mais claras, e que os médicos não deixem nunca de avisar aos pais o risco existente da reação adversa após o uso da substância.


Contudo, é importante ressaltar que o medicamento é eficaz no controle da asma, e que ele não deve parar de ser administrado nas crianças sem que um médico analise o caso e oriente os pais.

(Com informações de Veja)


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