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Brasil avança na meta 90/90/90 para limitar novas infecções por HIV

Juliana Gonçalves/Grupo Folha
29 nov 2017 às 17:45
- Shutterstock
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O Brasil está entre os países que assumiram, em 2014, a chamada meta 90/90/90, estabelecida pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), a fim de controlar a epidemia mundial até 2020. Um levantamento divulgado há poucos dias pelo Ministério da Saúde mostra o avanço do país no número de pessoas diagnosticadas com o vírus, com acesso ao tratamento e com carga viral indetectável.

A meta 90/90/90 consiste em ter, até 2020, 90% das pessoas com HIV devidamente diagnosticadas; deste grupo, 90% realizando o tratamento com antirretrovirais; e, deste grupo, 90% com carga viral indetectável, o que indica o sucesso do método terapêutico aplicado. A meta mundial também prevê novas infecções limitadas a 500 mil ao ano e zero discriminação.

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O levantamento recém-divulgado, com dados de 2016, estima que 830 mil pessoas vivem com HIV no Brasil. Destas, 84% já foram diagnosticadas e, destas, 72% estão em tratamento. Dentre estas últimas, 91% atingiram supressão viral, o que indica que o país já ultrapassou a meta nesse ponto.

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O documento também mostra que, no primeiro semestre de 2017, o número de pessoas em tratamento contra o vírus somava mais de 517 mil. Estima-se que, até o final do ano, cerca de 550 mil pessoas estarão em tratamento, o que vai representar um incremento de 10% nesse grupo. Em 2017, foram investidos R$ 1,1 bilhão para aquisição dos antirretrovirais distribuídos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

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O ministro da Saúde, Ricardo Barros, comentou os avanços apontados pelo relatório. "Os resultados observados refletem os esforços de um conjunto de ações realizadas por diversos atores, em diferentes níveis de gestão, para a redução da transmissão do HIV e a melhoria da qualidade de vida das pessoas que vivem com HIV e Aids no país."


Obstáculo
Os resultados apresentados no relatório deixam evidente que o maior obstáculo na busca pela meta é constituído pelo grupo de jovens. O Ministério da Saúde estima que apenas 56% dos diagnosticados na faixa etária dos 18 aos 24 anos estavam em tratamento em 2016. Deste grupo, menos da metade apresentava supressão viral.

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Em julho, a Organização Mundial de Saúde (OMS) reconheceu, na Conferência Internacional de Aids (IAS, em inglês), realizada em Paris, que o Brasil é um dos poucos países que têm conseguido utilizar as informações geradas por seus sistemas de informação em saúde para fazer diferença na resposta ao HIV.


Londrina
A Secretaria de Saúde de Londrina também trabalha para alcançar a meta 90/90/90, desenvolvendo uma série de ações voltadas ao controle do HIV/Aids. "As pessoas estão buscando mais o serviço de saúde para fazer o teste e estamos conseguindo quebrar o preconceito e tratar quem vive com HIV. Antes, aguardávamos a baixa da imunidade. Hoje em dia, iniciamos o tratamento independentemente do status da imunidade, porque o tratamento precoce diminui a transmissão", explicou o médico infectologista do Centro Integrado de Doenças Infecciosas (CID) Fábio Guedes Crespo.


Segundo ele, a rede municipal tem feito, por meio da atenção primária, uma busca ativa de pessoas que possam estar vivendo com HIV sem saber. "Temos estimulado que casos suspeitos de dengue e de viroses de repetição façam o teste de HIV."

Entre os objetivos estabelecidos nas diretrizes do Plano Municipal de Saúde para o período 2018-2020 estão a realização de testes para HIV em todas as gestantes e no momento do parto, a manutenção da inexistência de novos casos em crianças menores de 5 anos, além de profilaxias para HIV nas unidades de saúde.


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