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Exposição à luminosidade no verão pode piorar enxaqueca

Redação Bonde com Assessoria de Imprensa
22 dez 2017 às 14:54

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A enxaqueca é uma dor de cabeça primária, não causada por outra doença, que se caracteriza por uma dor localizada em um dos lados da cabeça, podendo durar de 4 horas a 72 horas, se não for tratada.

Apesar de não haver consenso sobre o aumento das crises de enxaqueca no verão, as crises são, frequentemente, associadas à exposição à luz durante esse período do ano.

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Marcelo Ciciarelli, neurologista e membro titular da Associação Brasileira de Neurologia (ABN), explica que nessa época "o estímulo [à luz] pode funcionar como um gatilho para as crises em pacientes com enxaqueca aura, que têm mais crises e mais fotofobia [intolerância à claridade]".

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A enxaqueca aura se caracteriza por fenômenos sensoriais, que envolvem sentidos como a visão. Esses fenômenos são temporários e duram de 5 minutos a 60 minutos, atingindo cerca de 10% a 15% dos pacientes.

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Para evitar que as crises se tornem mais frequentes, é aconselhável diminuir o tempo de exposição ao sol e, se não for possível, utilizar óculos escuros para minimizar o estímulo luminoso.


A automedicação não é aconselhável, pois pode levar ao uso indiscriminado de analgésicos e promover aumento da frequência e intensidade da dor, provocando-a por uso excessivo de medicação.


"Independentemente da estação do ano, o paciente deve procurar um médico caso as dores se iniciem após um traumatismo ou esforço físico. Também é aconselhável quando as dores de cabeça forem associadas a sinais de infecção, paralisias, sonolência e confusão mental. Já no caso de dores crônicas, procure um médico quando elas ocorrerem três ou mais vezes ao mês por um período maior do que três meses", ressalta Ciciarelli.

Estudo publicado em 2009 constatou que 15,2% dos brasileiros sofrem com enxaqueca e cerca de 40% da população foi diagnosticada com prováveis sintomas. Estima-se, portanto, que metade dos habitantes do país seja vítima da doença.


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