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Reprodução humana

Paranaense, primeiro bebê de proveta faz 30 anos

Redação Bonde
06 out 2014 às 14:19
Anna Paula Caldeira, primeiro bebê de proveta da América Latina - Reprodução
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Nesta terça-feira (7), o primeiro bebê de proveta do Brasil comemora seu trigésimo aniversário. Em outubro de 1984, o médico Milton Nakamura revelou que o primeiro "bebê de proveta da América Latina" havia nascido em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Anna Paula Caldeira era a sexta filha da técnica de raio-X Ilza Caldeira. Uma infecção na gravidez anterior a impedia de ter filhos com o segundo marido, o urologista José Antonio Caldeira.

Os dois procuraram o especialista em São Paulo e foram o 23º casal em que Nakamura fez o procedimento. De todos, só Anna Paula nasceria - uma menina de 50 centímetros e 3,3 quilos. Isso 6 anos e 2 meses depois da notícia da primeira bebê de proveta do mundo: Louise Brown, em Oldham, Inglaterra, que nasceu com 2,6 quilos.

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"Cresci sabendo que o dia em que nasci tinha sido uma data importante para a medicina. Meus pais sempre conversaram sobre isso comigo. Desde pequena tive o assédio da mídia e de outros curiosos para saber se meu desenvolvimento seria normal e se eu teria saúde. Uma sensação boa que tenho é saber que meus pais me queriam muito e fizeram um grande esforço para que isso acontecesse", diz a nutricionista Anna Paula, prestes a completar 30 anos, ainda sem filhos.

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Quando Ilza engravidou, os médicos coletavam um embrião por ciclo da mulher. E isso ocorria por laparoscopia, método cirúrgico minimamente invasivo. "Em alguns casos tínhamos de abrir o abdome para captar o óvulo, como em uma cesariana. Foi o que aconteceu com Ilza."

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Existem dois tipos de Fertilização assistida.

Fertilização in vitro


A Fertilização in vitro (FIV), técnica de reprodução assistida mais conhecida como a do "bebê de proveta", pode ser feita de duas formas: a "clássica" ou a que utiliza o método de Injeção Intracitoplasmática de Espermatozoide (ICSI). Para a paciente, o procedimento não vai mudar. As diferenças estão no laboratório de fecundação.

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No método clássico, a paciente começa o tratamento sendo submetida à estimulação ovariana, por meio de medicamentos. Quando é chegada a hora de retirada dos óvulos, o médico marca o procedimento. Com a mulher sedada, por meio de uma agulha bem fina o médico retira os óvulos da mulher.


Assim que retirados, os óvulos são entregues ao biólogo, que vai cuidar da fecundação do material com o espermatozoide. No laboratório, esses óvulos são colocados para "namorar" com os espermatozoides, ou seja, são colocados em um mesmo recipiente para que ocorra a aproximação dos espermatozoides aos óvulos. Passados cerca de cinco dias da fecundação, os embriões são colocados na mulher e, depois de 14 dias, ela realiza exames para saber se engravidou.

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Injeção ICSI


A injeção ICSI assim como no método clássico de fertilização in vitro, a FIV com Injeção Intracitoplasmática de Espermatozoide (ICSI) começa com a estimulação ovariana. Todo o procedimento corre igual ao clássico: a grande mudança se restringe às paredes do laboratório.

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Diferentemente da maneira clássica, na ICSI o biólogo faz a fecundação entre os óvulos e os espermatozoides manualmente. Depois que ele recebe os materiais, injeta o espermatozoide de melhor qualidade diretamente dentro do óvulo. Depois de cinco dias, a mulher vai à clínica para receber o embrião e o tratamento segue como o clássico.


Indicações

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A maioria das indicações de ICSI se dá quando o problema de fertilidade do casal tem um fator masculino, ou seja, os espermatozoides do homem são de baixa qualidade ou têm dificuldades para chegar até o óvulo. "O método é indicado quando o problema é de moderado a grave", explicita Guideline de Reprodução Assistida da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRH).


O médico também pode optar pelo tratamento quando o casal já tentou várias vezes a FIV clássica e não houve resultado. De acordo com o estudo da SBRH, nas mulheres de 34 a 38 anos o tratamento tem 34% de gravidez clínica registrada.

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Uma das indicações da FIV clássica é a chamada infertilidade sem causa aparente. Quando a mulher tem endometriose severa, o tratamento também é indicado. Segundo o documento da SBRH, mulheres com idade entre 35 a 37 anos têm 31% de sucesso com o tratamento.



Custo


O que ainda não mudou é o custo do tratamento, que continua alto - chega a US$ 9 mil, com as medicações. "Há poucos hospitais públicos e algumas clínicas que fazem atendimento de baixo custo, mas ainda assim é caro.

(Com informações info exame)


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