Arroz, feijão, pão e macarrão sempre rechearam os pratos dos brasileiros. Porém, os alimentos que andam fazendo parte do carrinho de compras da população com menos renda apresentam alta quantidade de calorias.
A pesquisa de orçamentos familiares do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revelou que o consumo de açúcar na alimentação das pessoas que ganham menos passa de 14% do valor calórico total da dieta. O resultado é reflexo de um excesso de carboidratos no menu: o nutriente responde por 69,17% da dieta das famílias mais pobres.
De acordo com especialistas em nutrição, a quantidade recomendada de carboidratos deve representar de 50 a 60% do valor calórico total da dieta. Além da conta, os carboidratos refinados, encontrados em biscoitos, farinha de trigo e biscoito, podem levar ao ganho de peso.
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Outra descoberta feita pelo IBGE é que frutas e legumes não aparecem com relevância no cardápio destas famílias, chegando a apenas 1% da dieta. A justificativa apontada pelos entrevistados foi os preços altos dos vegetais. Mas, neste ano, os preços das frutas subiram menos que a inflação, barateando as mesmas. Alguns legumes também ficaram mais baratos. Caso da abóbora, cujo preço caiu 8% desde janeiro.
Os dados mostrados pela pesquisa indicam um momento favorável à mudança de hábitos alimentares, portanto. A pesquisa indica a necessidade de ações de educação nutricional na população de menor renda , reforça Roberta. Ela afirma que a ingestão de três frutas ao dia e a inclusão de legumes nas refeições principais contribui para a prevenção de doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes, obesidade e doenças cardiovasculares. (As informações são do Minha Vida - Dieta, Alimentação e Saúde)