Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Consequência

Não consigo ejacular, qual o meu problema?

Sexo & Comportamento - Folha de Londrina
13 mai 2010 às 19:42
- Reprodução
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

A ausência de ejaculação é um sintoma pouco frequente e pode estar relacionado a uma grande variedade de patologias. Este sinal pode se manifestar de duas maneiras distintas: a falta de ejaculação propriamente dita, em que não há a emissão dos fluidos seminais pela uretra, e a ejaculação retrógrada (ER), em que o sêmen é lançado para dentro da bexiga ao invés de ser expelido. Neste caso, o sêmen será eliminado juntamente com a urina.

No primeiro caso, este sintoma é chamado de anejaculação. Pode ocorrer principalmente devido à falta dos hormônios sexuais masculinos, que leva a uma redução da produção do sêmen pela próstata e vesículas seminais. Também ocorre secundariamente a cirurgias pélvicas e retroperitoneais (região posterior aos órgãos abdominais). Estas cirurgias podem lesar os nervos autonômicos (principais responsáveis pela ejaculação), prejudicando as contrações musculares que impulsionam o sêmen para o meio externo.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


A ER é um sintoma mais frequente do que a anejaculação, e ocorre na faixa etária em que incide a maioria das patologias prostáticas. A ejaculação normal requer que haja uma coordenação entre os músculos que envolvem a uretra e os esfíncteres uretrais, responsáveis pela continência de urina. O esfíncter uretral externo fica logo abaixo da próstata, enquanto o esfíncter interno encontra-se acima deste órgão, na saída da bexiga. O sêmen é liberado por dutos que saem da próstata, deste modo, na ejaculação há o fechamento do esfíncter interno e a abertura do esfíncter externo, propelindo o ejaculado para fora da uretra.

Leia mais:

Imagem de destaque
Fique atento!

Comportamento de risco aumentou infecções sexualmente transmissíveis

Imagem de destaque
Antes do Carnaval?

Programas focados em abstinência sexual não são eficazes, diz SBP

Imagem de destaque
Saiba mais

Evento em Londrina discute vida sexual em relacionamentos longos

Imagem de destaque
Saúde do homem

Você sabia que colesterol alto pode levar à impotência?


Algumas cirurgias prostáticas, como a ressecção endoscópica, removem o esfíncter interno junto do tecido prostático. Nestes casos pode ocorre ER em 50% dos pacientes. As cirurgias retroperitoneais e pélvicas, citadas anteriormente, podem causar incoordenação dos esfíncteres, podendo levar à ocorrência de ER em até 90% dos casos.

Publicidade


Algumas medicações usadas no tratamento da hiperplasia prostática benigna (HPB), como a tamsulosina, também podem levar à ER, ao interferir na contração normal do colo da bexiga (cerca de 6% a 15% dos casos). O diabetes pode causar lesão nervosa em alguns pacientes, e se esta lesão ocorre nos nervos pélvicos, o mesmo apresentará ER.


Mitos e Verdades


- Mito: o homem que tem ER é infértil
- Verdade: se causada por medicação, a ER pode ser revertida pela suspensão da mesma. No caso de cirurgias, se há o desejo de ter filhos, pode ser feita a coleta de sêmen na urina para posterior fertilização assistida

Juliano Plastina, urologista e membro titular da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU)


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade