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Aventura e contemplação

Toda a exuberância da água nas cachoeiras de Faxinal

Carolina Avansini - Folha de Londrina
05 abr 2010 às 11:00
- Fabio Ciquini/Equipe Folha
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A natureza foi generosa com o município de Faxinal (Norte), localizado a 100 quilômetros de Londrina. De relevo acidentado e recursos hídricos abundantes, a cidade concentra dezenas de cachoeiras que a tornam ideal para o turismo de aventura ou a simples contemplação das exuberantes paisagens formadas por rios, quedas d'água e mata nativa deixam o clima sempre ameno e agradável.

De acordo com o diretor municipal de turismo, Marcílio Cesar Vicente, já foram catalogadas 68 cachoeiras na região. As quedas mais abruptas - que ultrapassam os cem metros de altura - favorecem a prática de esportes radicais como o rapel, oferecido por guias especializados do próprio município. Nessa modalidade, os praticantes descem por encostas de montanhas ou paredões de rochas através de amarrações. A surpresa maior da aventura é o forte ''spray'' de água que emana das cachoeiras, banhando o esportista durante a descida.

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Exuberantes paisagens formadas por rios, quedas d'água e mata nativa deixam o clima sempre ameno e agradável.

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Já as cachoeiras mais delicadas conferem aos rios as características ideais para a prática do boia-cross, quando os aventureiros descem pelas corredeiras transpondo pequenas quedas d'água. Alguns desses locais são também adequadoss para divertidos banhos em águas límpidas e geladas. O acesso, por trilhas entre a vegetação, favorece ainda a prática de caminhadas.

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Vicente, que também atua como guia e instrutor de rapel e boia-cross, adverte que a prática desse tipo de turismo requer cuidados para evitar acidentes. Por isso, os interessados em praticar esportes radicais devem sempre contar com o apoio de instrutores que oferecem também equipamentos de segurança adequados.


A estrutura de Faxinal para a recepção de turistas ainda é modesta, porém, suficiente para garantir bons momentos junto à natureza. Além de cinco hotéis e restaurantes na área urbana, a cidade conta com dois hotéis-fazenda e um camping. Em todos eles, é possível pernoitar ou apenas pagar uma taxa para passar o dia.

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Fabio Ciquini/Equipe Folha
Fabio Ciquini/Equipe Folha


Com ajuda do vento, a cachoeira São Pedro molha até mesmo quem está a vários metros de distância.


O mais antigo e estruturado hotel-fazenda é o Luar de Agosto. A área de 50 alqueires é cercada por montanhas e banhada pelo rio São Pedro, que também batiza o salto de 125 metros onde é possível praticar rapel ou simplesmente contemplar a impressionante cachoeira que, com ajuda do vento, molha até mesmo quem está a vários metros de distância.

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Dentista em Faxinal, o proprietário da fazenda, Milton Munhoz Filho, foi dos primeiros empreendedores da área de turismo no município. ''Planejamos o empreendimento de forma a causar o menor impacto ambiental possível. As normas para proteção do ambiente são rígidas e recomendadas a todos os turistas que visitam a propriedade'', disse ele, que a cada ano implementa novidades para grantir o retorno dos visitantes. ''Estamos construindo um camping mais distante da área de chalés, onde também instalaremos um 'esquibunda' como os das praias de Natal (no Rio Grande do Norte)'', anunciou.


As estradas que levam à cachoeira também foram melhoradas e, hoje, permitem inclusive o acesso de idosos e deficientes físicos em carros. Para quem prefere caminhar, há várias trilhas disponíveis, com distâncias entre um e três quilômetros e grau de dificuldade fácil ou médio.

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Fabio Ciquini/Equipe Folha
Fabio Ciquini/Equipe Folha


Arvorismo: os praticantes caminham por uma trilha acrobática entre as copas das árvores.


O hotel oferece também o arvorismo, que permite aos praticantes caminharem por uma trilha acrobática entre as copas das árvores. Para praticar, desembolsa-se uma taxa de R$ 10 que dá direito à instrução e aos equipamentos de segurança. A boia-cross também custa R$ 10, com equipamentos já inclusos. O rapel, terceirizado por instrutores do muncípio, custa em média R$ 35 por pessoa.

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Fabio Ciquini/Equipe Folha
Fabio Ciquini/Equipe Folha


As cachoeiras com pequenas quedas d'água são ideais para a prática do boia-cross.


Outra atração do Luar de Agosto é a piscina com capacidade para 400 mil litros de água corrente, que vem direto de uma mina situada nas montanhas da própria fazenda. Para os mais ousados, um toboágua está disponível. Na descida, conforme Munhoz Filho, a velocidade de um adulto pode chegar a 80 quilômetros por hora. Os hóspedes do chalé podem utilizar também a piscina aquecida que, construída dentro dos princípios ecologicamente corretos que norteiam o empreendimento, utiliza energia solar.

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Serviço:
No hotel-fazenda Luar de Agosto, a hospedagem diária está disponível em campings (R$ 18 por pessoa), chalés (R$ 100 para duas pessoas e R$ 30 por criança), apartamentos (R$ 60) e também numa casa que acomoda dez pessoas (R$ 300). A entrada apenas para passar o dia custa R$ 12. As diárias incluem café da manhã. Almoço e jantar são servidos à parte, por R$ 12. No local, há quiosques para churrasco. Bebidas são vendidas no restaurante, mas os hóspedes que quiserem levar o próprio estoque desembolsam uma taxa. Fone: (43) 3461-1421 ou www.luardeagosto.com.br.


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Fabio Ciquini/Equipe Folha
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Sidney de Farias: 'O mais divertido é descer de tirolesa'.


Moradores de Apucarana, o encarregado de bordado Ângelo de Souza, 32, e o operador de máquinas Sidney Aparecido de Farias, 29, aproveitaram o início das férias para passar alguns dias no hotel-fazenda Luar de Agosto, em Faxinal, na companhia de outras cinco pessoas, entre adultos e crianças. Entusiasmados com aas atrações do local, eles praticaram trilha, visitaram a cachoeira, fizeram arvorismo e ainda desceram pelo toboágua.


Fabio Ciquini/Equipe Folha
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Tayla, de 13 anos: adrenalina causada pela velocidade no toboágua.

Acompanhado pela sobrinha Tayla, de 13 anos, Farias desceu pelo grande escorregador do hotel e aprovou a adrenalina causada pela velocidade. ''É muito legal. O bom é que Faxinal tem diversão para todas as idades'', disse. Souza, que se arriscou na trilha de arvorismo, considerou o desafio difícil, mas não impossível de transpor. ''A 'falsa baiana' (duas cordas paralelas) foi o obstáculo mais complicado. O mais divertido é descer de tirolesa'', opinou.


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