O Gaeco (Núcleo de Londrina do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) cumpriu na manhã desta terça-feira (30), cinco mandados de busca e apreensão domiciliar para investigar possíveis fraudes em leilões oficiais realizados pelo Poder Judiciário em Londrina.
Segundo o MPPR (Ministério Público do Paraná), são apuradas as práticas de ilícitos penais de frustração do caráter competitivo de licitação, afastamento de licitante, corrupção ativa e/ou passiva e lavagem de capitais, supostamente conduzidas por um leiloeiro judicial.
De acordo com as apurações, o investigado teria direcionado leilões para que as arrematações fossem feitas por pessoas previamente escolhidas, geralmente por lance único no menor valor.
Leia mais:
Bacia do Tibagi sofre com efeitos climáticos, diz pesquisadora da UEL
'Boteco da Carol Romanini', em Londrina, une jornalismo e entretenimento em podcast
Prefeitura de Londrina não tem data certa para reformar pontes do Igapó
Corpo de Bombeiros de Maringá precisa de voluntários para organizar doações feitas para o RS
As informações apuradas também dão conta de que o leiloeiro público deixou de dar ampla publicidade a diversos leilões para os quais foi nomeado pelo Poder Judiciário, o que permitia a realização das fraudes verificadas.
Em alguns casos, também ficou demonstrado que o leiloeiro se valia de uma funcionária e de um familiar dela para arrematar bens de seu interesse, sendo, inclusive, localizada uma procuração, por meio da qual a funcionária outorgou direitos ao leiloeiro sobre um bem imóvel que ela arrematou, o que indica a existência de fraude.
As ordens judiciais, expedidas pelo Juízo da 3ª Vara Criminal de Londrina, foram cumpridas com o apoio da Corregedoria da Polícia Civil, uma vez que há a suspeita de que um policial civil teria se beneficiado do esquema, em residências localizadas no município de Londrina.