CIDADE DO VATICANO - Trinta e três novos recrutas da Guarda Suíça, o diminuto Exército do Papa formado há 500 anos, prestaram juramento nesta terça-feira (dia 6) na Basílica de São Pedro no Vaticano.
Cerca de 500 pessoas assistiram à cerimônia oficial, presidida pelo cardeal Tarcisio Bertone, secretário de Estado da Santa Sé.
Pertencer à Guarda Suíça "não é um trabalho, e sim uma missão, e diria, uma missão apostólica", ressaltou o cardeal.
Os recrutas prestaram juramento neste dia 6 de maio, data em que é lembrado o saque de Roma em 1527, durante o qual morreram 147 guardas suíços.
A Guarda Suíça, formada por 110 militares, garante discretamente a segurança do Vaticano e do Papa.
Para integrar o corpo não é preciso ser suíço, e sim solteiro, ter entre 19 e 30 anos, medir pelo menos 1,74m, "ser católico-romano" e ter "uma reputação irretocável", destaca o folheto informativo sobre o recrutamento.
Os guardas, famosos por seus uniformes renascentistas listrados e de cores fortes, não podem dormir fora do Vaticano e vivem em pequenos dormitórios, já que o quartel não é muito grande.
Durante a cerimônia, o capelão do pequeno "Exército do Papa", Alain de Raemy, lembrou o drama que abalou este lendário corpo militar há dez anos.
No dia 4 de maio de 1998, uma grave tragédia afetou a instituição, quando o cabo Cédric Tornay assassinou o comandante Alois Estermann e sua esposa, a latino-americana Gladys, para depois se suicidar com a mesma pistola.
O caso foi encerrado oficialmente depois de ter sido atribuído a um ataque de ira intenso.