Um incêndio em dois carros de luxo na madrugada de quinta-feira (18), em uma residência localizada em um condomínio horizontal da zona sul de Londrina levantou o debate sobre a segurança dos carros elétricos, principalmente durante o carregamento.
Conforme apurado pela Folha de Londrina, o acidente foi percebido por moradores que acionaram o Corpo de Bombeiros de imediato. Segundo integrantes da corporação que atenderam a ocorrência, o proprietário relatou que o fogo teria sido causado durante o carregamento de um dos veículos, movido a eletricidade.
Quando os bombeiros chegaram no local, os dois automóveis já haviam sido consumidos pelo fogo, que por pouco não se alastrou para o interior da residência.
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Carros elétricos
Com a gasolina ultrapassando os 7 reais, os carros elétricos se destacam como alternativa por serem econômicos e não emitirem poluentes. Porém necessitam de cuidados para evitar acidentes.
Mas antes de tudo, você sabe como funcionam esses carros?
Os veículos elétricos apresentam uma bateria como fonte de energia, ela é o coração do carro e armazena energia necessária para a tração das rodas. Já os carros híbridos a bateria também é utilizada para traçar as rodas, o diferencial desse tipo de veículo é que ele possui um motor a combustão para complementar o trabalho. Os tipos de baterias usadas nesses carros podem ser de Íons de Lítio, Níquel Hidreto Metálico (NiMH), Chumbo-ácido ou Supercapacitor. A mais comum em veículos elétricos são as de íons de lítio, também usadas em eletrônicos portáteis como telefones celulares e computadores. Isto porque elas sofrem com o “efeito memória”, tendo a capacidade de ser carregada novamente sem antes de ter sido completamente descarregada, isto faz com que não comprometa seu desempenho. Por ter essa eficiência, esse tipo de bateria não requer manutenção.
Diante disso, acidentes com carros 100% elétricos e híbridos podem gerar uma dor de cabeça para o Corpo de Bombeiros. Em elétricos que usam bateria de íons de lítio, o uso da água para apagar o incêndio nem sempre é a melhor alternativa, isto porque a mistura de água com a bateria gera um gás inflamável que pode provocar explosões. A bateria também sofre com o problema de superaquecimento que volta a criar chamas e o esvaziamento das células de íons-lítio podem levar dias para ocorrer. Segundo as normas de segurança, incêndios causados por fontes elétricas devem ser extintos por espuma não condutora diretamente na fonte do incêndio.
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*Sob supervisão da editora Patrícia Maria Alves