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Desafios e incertezas

Crescimento do mercado de carros elétricos revela novos riscos

Redação Bonde com Assessoria de Imprensa
10 jun 2020 às 10:56
- Pixabay
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No mundo inteiro, a expectativa é de que a aquisição de carros elétricos se acelere em linha com a demanda dos consumidores e as políticas governamentais de combate a mudanças climáticas. O futuro da mobilidade é claramente elétrico, mas a transição levará a uma mudança fundamental no risco para fabricantes, fornecedores e seguradoras e terá um impacto significativo no seguro de responsabilidade civil de produtos automotivos, de acordo com um novo relatório da Allianz Global Corporate & Specialty (AGCS).

De acordo com o especialista em seguros de Responsabilidade Civil da AGCS, Daphne Ricken, a indústria automotiva terá que responder a muitos riscos emergentes para fazer a transição para veículos elétricos. "O crescimento das vendas dos carros elétricos no mundo traz a perspectiva de novos problemas de defeitos ou desempenho; custos de reparo mais caros; novas ameaças de incêndio e riscos cibernéticos; e até questões de reputação em torno do fornecimento e descarte sustentáveis de componentes e matérias-primas essenciais para as baterias”, explica.

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A Agência Internacional de Energia prevê que poderemos ter mais de 100 milhões de carros elétricos nas ruas em 2030 – muito acima dos cerca de sete milhões que existem hoje - com vendas anuais de 20 milhões, impulsionadas pelo crescimento na China - já o maior mercado do mundo - União Europeia (segunda maior), Japão, Canadá, EUA e Índia, em particular.

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Aqui no Brasil, por enquanto, o cenário é muito diferente dos outros países com uma frota pouco significativa. De acordo com a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) o número de carros elétricos no país é de cerca de 20 mil. Mas segundo previsão da Boston Consulting Group (BCG) em 2030 os carros elétricos vão representar 5% da frota brasileira, com vendas de 180 mil unidades ao ano.
Novas exposições ao risco

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Embora a crise do coronavírus possa atenuar as perspectivas para as vendas globais de carros elétricos para 2020, o crescimento previsto a longo prazo ainda traz uma série de riscos técnicos e operacionais como por exemplo:


Segurança e confiabilidade

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Avaliações estatísticas de sinistros da Allianz mostram que os veículos elétricos são menos propensos a se envolver em acidentes. No entanto, qualquer dano sofrido pode ser, em média, mais caro do que nos carros convencionais. O fato de esses carros só poderem ir a oficinas especializadas contribui para o aumento de custo.


A vida útil e o desempenho da bateria são questões críticas para carros elétricos. Dado o alto custo de substituição ou reparo de unidades de bateria, uma falha no cumprimento das garantias de desempenho colocará dúvidas sobre a responsabilidade de fabricantes e fornecedores.

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Seguros e a complexidade dos sinistros


A mobilidade elétrica terá muitas implicações para o seguro - em particular para o produto de responsabilidade civil de produtos automotivos - e sinistros. Isso porque a tecnologia cria novos riscos e exposições fazendo com que a responsabilidade mude ao longo da cadeia de suprimentos.

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"O que antes eram três peças em um veículo convencional, hoje pode ser apenas uma parte em um carro elétrico. Isso pode levantar questões sobre qual fabricante ou fornecedor é responsável por um defeito. O aumento da complexidade da cadeia de suprimentos automotiva e a dependência de produtores de software e tecnologia levarão a novas exposições e dividirão os passivos na cadeia de valor”, explica Ricken.


Haverá também exposições de responsabilidade dos empregadores - como possíveis vapores tóxicos e riscos de incêndio durante a impressão 3D ou o manuseio de baterias de lítio relacionadas a incêndio e contaminação.

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Ameaça de incêndio


Como nos veículos convencionais, componentes elétricos defeituosos e curtos-circuitos podem provocar um incêndio, enquanto as baterias de íon-lítio podem queimar quando danificadas, sobrecarregadas ou sujeitas a altas temperaturas. Os incêndios com baterias de alta tensão podem ser muito mais intensos e difíceis de extinguir, além de liberar altos níveis de gases tóxicos - esses incêndios podem levar 24 horas ou mais para serem controlados.

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Questões ambientais


Apesar de suas credenciais ecológicas, as questões ambientais podem representar um risco potencial de responsabilidade e reputação para fabricantes e fornecedores de veículos. Uma rápida aceitação dos carros elétricos exigirá que os fabricantes obtenham suprimentos sustentáveis de componentes e matérias-primas essenciais à medida que aumentam a produção.


Por exemplo, a tecnologia de baterias gerará um grande aumento na demanda por cobalto e lítio, superando a oferta atual - prevê-se que a oferta de lítio triplique até 2025. Portanto, a reciclagem e a reutilização eficaz de materiais serão essenciais. As preocupações ambientais e sociais também enfatizarão o fornecimento sustentável de minerais, bem como a rastreabilidade e a transparência das cadeias de suprimentos.


As baterias de alta tensão também podem representar um risco de poluição, se não forem descartadas adequadamente. Pressa do mercado, possíveis defeitos e recalls: os fabricantes estão sob pressão para acelerar a transição para a mobilidade elétrica.


A combinação de nova tecnologia, ciclos curtos de desenvolvimento e nova impressão 3D / 4D na produção pode resultar em um aumento de defeitos e problemas de qualidade, aumentando os recalls de produtos para a indústria automotiva - que já estão entre os maiores e mais complexos de qualquer setor, segundo as análises da AGCS.


Preocupações cibernéticas

É provável que os carros elétricos tenham maior conectividade e dependência de dados, sensores e software, incluindo inteligência artificial, para gerenciar sistemas dos veículos e auxiliar na condução. Como nos veículos convencionais, o aumento da conectividade pode dar origem a vulnerabilidades cibernéticas, incluindo a ameaça de ataques maliciosos, interrupções do sistema, bugs e falhas. Já houve recalls de produtos no setor automotivo como resultado da segurança cibernética.


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