Para os membros do Harley Owners Group, ou H.O.G., andar de moto é mais do que se locomover, é estilo de vida. O grupo tem mais de um milhão de integrantes divididos em 130 países, com subsedes em locais onde existe uma loja da Harley Davidson. Em Londrina, a associação recebe o nome de Red Wheel Londrina Chapter Brasil, existe desde maio de 2016 e é composta por cerca de 450 pessoas.
Érica Ferraz é a atual diretora Red Wheel Londrina Chapter Brasil e diz que os bons momentos entre amigos são os principais benefícios de fazer parte do H.O.G. "Quando eu estou com o pessoal, esqueço dos meus problemas do cotidiano, alivia o estresse. Tem casos, inclusive, que o grupo até salvou casamentos, justamente por proporcionar esse momento de descanso e entretenimento. Tem também várias pessoas solteiras que viviam sozinhas e encontraram amigos e diversão no grupo", diz a designer.
Os encontros ocorrem de várias formas, seja em viagens "bate-e-fica" - nas quais os participantes saem de Londrina e vão para um determinado destino e pousam no local -, as "bate-e-volta" - que consiste em viajar e voltar no mesmo dia -, em festas beneficentes promovidas pelo grupo ou em jantares exclusivos para os participantes. Esses momentos exigem uma organização, por isso, os H.O.G, em todas as cidades do Brasil, seguem um regulamento, que determina funções essenciais a serem cumpridas. De acordo com Ferraz, em Londrina, são 23 membros que compõem essa organização, que inclui fotógrafo, tesoureiro e diretor de atividades, entre outros.
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O grupo é composto majoritariamente por homens, mas existe incentivos para a participação das mulheres. Para representá-las foi criado o Ladies Camp, subdivisão destinada apenas para as mulheres pilotas e garupas. Carla Cavallini é uma das participantes e relata o que a mantém no HOG. "Uma das coisas que mais me motiva é saber que meu estilo de vida ajuda outras pessoas, porque quase todos nossos eventos são em prol de populações que necessitam de ajuda", afirma. Cavallini conta também que é um momento de união entre a família, o filho de 23 anos já tem uma moto e a filha de 15 anos os acompanha.
Nos passeios nas rodovias, a segurança é primordial, diz a diretora: os motociclistas só conduzem no limite permitido da rodovia, sempre contam com um carro de apoio e quem infringe alguma norma, sofre advertência. Afinal, por andarem em "trem", uma moto atrás da outra, uma manobra incorreta pode prejudicar todos os motociclistas.
Apesar do nome ser "grupo de proprietários de Harley", em tradução livre, Ferraz diz que há eventos abertos para proprietários de qualquer modelo de motocicleta. "Em nossos encontros, o foco é falar sobre moto, sobre os destinos. Isto é um dos fatores que fazem com que cresçamos cada vez mais. Não queremos saber a profissão da pessoa que chega até nós, o status social e econômico dela. Queremos compartilhar a paixão por motos", finaliza a diretora.
Quem tem interesse em fazer parte do grupo, pode entrar em contato com a concessionária Harley Davidson mais próxima, ou falar diretamente com a Ferraz.
*Sob orientação de Luís Fernando Wiltemburg*