Notícias

Saiba como verificar se um combustível está adulterado

02 out 2019 às 09:15

O sobe e desce no preço dos combustíveis leva muitos motoristas a procurarem ofertas mais em conta, abrindo mão da confiança do seu posto de costume. "Muita gente não sabe, mas, em caso de suspeita quanto a qualidade do combustível, o consumidor tem o direito de pedir ao frentista que faça um teste de qualidade na hora", explica Gilberto Pose, especialista em combustíveis da Raízen, licenciada da marca Shell.

Uma resolução da Agência Nacional do Petróleo obriga todos os postos a terem um kit para teste e os frentistas devem estar habilitados a fazê-lo gratuitamente e na frente do cliente. Se o posto se recusar, o consumidor pode formalizar uma denúncia ao Procon e à ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), pelo telefone 0800 970 0267 ou no site.


"O teste da proveta é simples e indica a quantidade de etanol anidro na gasolina, que pelas regras da ANP deve ser de 27% para as gasolinas comum e aditivada. Para as gasolinas premium, o valor é de 25%", aponta Pose.


No teste, em uma proveta de 100ml, o frentista deve adicionar 50 ml de gasolina e 50 ml de uma solução feita de água e sal de cozinha. Depois de misturado, o etanol que estava na gasolina é transferido para a água. Após um repouso de 15 minutos, fica visível a separação dos líquidos, com a gasolina na parte superior da proveta. O correto é que o líquido branco, resultante da mistura de água, sal e etanol, preencha um volume de 63 ml. Se o volume for superior a este, a gasolina foi adulterada.


Para se certificar da qualidade do etanol, verifique também as bombas de abastecimento. Elas têm um termodensímetro na lateral, que indicam a qualidade do etanol hidratado, que deve ser transparente, sem impurezas e sem coloração. A linha vermelha que marca a densidade do produto deve estar abaixo, ou no máximo no mesmo nível do combustível.

Além disso, é importante que o consumidor fique atento ao posto. "A própria bomba de abastecimento já dá indícios de uma possível adulteração nos combustíveis. Todas devem estar lacradas e com informações exigidas pela ANP, que inclui CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) e endereço do posto, além do selo do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia)", alerta Pose.


Continue lendo