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O Caranguejo rockeiro (conto)

21 jul 2011 às 10:42

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Alberguejo. -
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....................................... Conto de Isabel Furini
............................. Recomendável: a partir de 6 anos.

Rafaelguejo e Rosanguejo eram um casal de caranguejos que vivia à beira mar, na praia de Matinhos, perto da casa de praia da avó Roberta. Eles tinham três filhos: Zecaguejo, Chiqueguejo e Alberguejo.

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Alberguejo, o caçula da família, era o mais terrível dos três, sempre fazendo brincadeiras, importunava os vizinhos. Ele era muito mal visto na comunidade dos caranguejos porque gostava de jogar areia na casa dos outros. Costumava gritar "Fogo, fogo!" enquanto todo mundo almoçava e de cantar rock no horário em que todos estavam dormindo.

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– Vai ter que dar um jeito nesse menino – disse um dia um vizinho – eu não consigo dormir.
– Ele gosta de brincar e cantar... Ainda é muito novo – falou a mãe.
– Quem quer morar nesta praia tem de respeitar o direito dos outros, como disse o prefeito Joãoguejo, bons cidadãos respeitam o sono dos outros.
– É muito novo, ele vai aprender – repetia a mãe

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Em um dia de verão, o pai foi dormir depois do almoço e pediu para Alberguejo ficar na casa, pois tinha muitos turistas na praia. Alberguejo não obedeceu e enquanto estava pulando daqui para lá na areia, dois meninos, Ricardo e Florêncio, correram atrás dele. Florêncio colocou o pé e cobriu a entrada da casa de Alberguejo. O pequeno caranguejo ficou desesperado. Seu pai escutou ruídos e saiu por um corredor secreto que tinha na casa, com uma pequena porta perto de um tronco de árvore. Ao ver seu filho em perigo, foi socorrê-lo.


Seu pai escutou ruídos e saiu por um corredor secreto que tinha na casa, com uma pequena porta perto de um tronco de árvore...
Seu pai escutou ruídos e saiu por um corredor secreto que tinha na casa, com uma pequena porta perto de um tronco de árvore...


– Olha que grande esse! Vamos pegá-lo! – gritou Ricardo. Florêncio, rapidamente, aprisionou Rafaelguejo dentro de um grande frasco de vidro.

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Rafaelguejo estava confuso, podia ver a praia, mas não conseguia sair – É meu fim, pensou, nunca mais voltarei a correr pela areia...


– Pobre papai. E tudo por minha culpa – chorava Alberguejo escondendo-se na sua casinha, muito assustado.

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Nesse momento as crianças começaram a brigar.
– O caranguejo é meu – disse Florêncio.
– Não, ele é meu – gritou Ricardo – eu o vi primeiro.
– Mas fui eu quem o pegou – gritou Florêncio.


Assim brigando pela possessão do frasco, o vidro rolou contra uma rocha. Rafaelguejo sentiu uma explosão, e de repente... a liberdade. Começou a correr e, como era muito esperto, escondeu-se entre as rochas. Ele viu os meninos procurando-o, mas não saiu de seu esconderijo.

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O pai das crianças aproximou-se e quando soube do acontecido disse:


– Viram? Vocês brigam demais, não sabem cooperar e perderam o caranguejo.

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Agora deixem esses bichos em paz e vão brincar na água.
Naquela noite todos os caranguejos reunidos entre as rochas escutaram
Rafaelguejo contar sua terrível aventura.
– Fujam sempre dos vidros! – exclamou Rafaelguejo – são perigosos.


Alberguejo, chorando, pediu perdão ao pai – Foi minha culpa, pai. Você poderia ficar prisioneiro ou ser morto porque eu não obedeci ao senhor. Desculpe, pai.

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– Ele é um safado! – gritou uma vizinha – não me deixa dormir.


– E joga areia na casa dos outros – apoiou-a outra vizinha.


– Ele coloca em risco toda a comunidade dos caranguejos! – gritou alguém subindo no alto de uma rocha.


A vizinhança toda reclamava. Alberguejo sentiu que o bairro não gostava dele e ficou muito triste. Seu pai falou:


– Alberguejo, eles só reclamam de sua falta de sensibilidade para com a necessidade dos outros. Você pode se divertir, mas eles precisam dormir. Sua diversão não pode atrapalhar a vida dos outros


Alberguejo começou a pensar nas palavras do pai e foi mudando de comportamento.


Chegou a época de Alberguejo trocar sua casca por uma nova e maior. Um dia a casca rachou pelos lados, Alberguejo conseguiu sair colocando primeiro as pernas para fora. Então decidiu que já havia chegado o momento de conhecer o mundo. Deitado na areia cruzou suas dez pernas em sinal de preocupação.


Sua mãe aproximou-se:


– O que aconteceu, filho?
– Eu já estou crescido e sonho ser um cantor de rock. Vou deixar esta praia, viajar e conhecer o mundo.


A mãe chorou muito, mas o pai disse que Alberguejo já estava crescido e tinha o direito de tomar as próprias decisões.


– Respeite os outros e evitará problemas – disse o pai para Alberguejo.


Alberguejo se uniu a uma banda de rock e foram à Praia da Diversão para tocar música. Lá ninguém reclamava dele, pois Alberguejo aprendeu que tudo tem seu momento e seu lugar.


– Vai ter que dar um jeito nesse menino – disse um dia um vizinho – eu não consigo dormir.
– Ele gosta de brincar e cantar... Ainda é muito novo – falou a mãe.
– Quem quer morar nesta praia tem de respeitar o direito dos outros, como disse o prefeito Joãoguejo, bons cidadãos respeitam o sono dos outros.
– É muito novo, ele vai aprender – repetia a mãe


Em um dia de verão, o pai foi dormir depois do almoço e pediu para Alberguejo ficar na casa, pois tinha muitos turistas na praia. Alberguejo não obedeceu e enquanto estava pulando daqui para lá na areia, dois meninos, Ricardo e Florêncio, correram atrás dele. Florêncio colocou o pé e cobriu a entrada da casa de Alberguejo. O pequeno caranguejo ficou desesperado. Seu pai escutou ruídos e saiu por um corredor secreto que tinha na casa. A porta estava perto de um tronco de árvore. Rafaelguejo ao ver seu filho em perigo, foi socorrê-lo.


– Olha que grande esse! Vamos pegá-lo! – gritou Ricardo. Florêncio, rapidamente, aprisionou Rafaelguejo dentro de um grande frasco de vidro.


Rafaelguejo estava confuso, podia ver a praia, mas não conseguia sair – É meu fim, pensou, nunca mais voltarei a correr pela areia...


– Pobre papai. E tudo por minha culpa – chorava Alberguejo escondendo-se na sua casinha, muito assustado.


Nesse momento as crianças começaram a brigar.
– O caranguejo é meu – disse Florêncio.
– Não, ele é meu – gritou Ricardo – eu o vi primeiro.
– Mas fui eu quem o pegou – gritou Florêncio.


Assim brigando pela possessão do frasco, o vidro rolou contra uma rocha. Rafaelguejo sentiu uma explosão, e de repente... a liberdade. Começou a correr e, como era muito esperto, escondeu-se entre as rochas. Ele viu os meninos procurando-o, mas não saiu de seu esconderijo.


O pai das crianças aproximou-se e quando soube do acontecido disse:


– Viram? Vocês brigam demais, não sabem cooperar e perderam o caranguejo.


Agora deixem esses bichos em paz e vão brincar na água.
Naquela noite todos os caranguejos reunidos entre as rochas escutaram
Rafaelguejo contar sua terrível aventura.
– Fujam sempre dos vidros! – exclamou Rafaelguejo – são perigosos.


Alberguejo, chorando, pediu perdão ao pai – Foi minha culpa, pai. Você poderia ficar prisioneiro ou ser morto porque eu não obedeci ao senhor. Desculpe, pai.


– Ele é um safado! – gritou uma vizinha – não me deixa dormir.


– E joga areia na casa dos outros – apoiou-a outra vizinha.


– Ele coloca em risco toda a comunidade dos caranguejos! – gritou alguém subindo no alto de uma rocha.


A vizinhança toda reclamava. Alberguejo sentiu que o bairro não gostava dele e ficou muito triste. Seu pai falou:


– Alberguejo, eles só reclamam de sua falta de sensibilidade para com a necessidade dos outros. Você pode se divertir, mas eles precisam dormir. Sua diversão não pode atrapalhar a vida dos outros


Alberguejo começou a pensar nas palavras do pai e foi mudando de comportamento.


Chegou a época de Alberguejo trocar sua casca por uma nova e maior. Um dia a casca rachou pelos lados, Alberguejo conseguiu sair colocando primeiro as pernas para fora. Então decidiu que já havia chegado o momento de conhecer o mundo. Deitado na areia cruzou suas dez pernas em sinal de preocupação.


Sua mãe aproximou-se:


– O que aconteceu, filho?
– Eu já estou crescido e sonho ser um cantor de rock. Vou deixar esta praia, viajar e conhecer o mundo.



A mãe chorou muito, mas o pai disse que Alberguejo já estava crescido e tinha o direito de tomar as próprias decisões.


– Respeite os outros e evitará problemas – disse o pai para Alberguejo.


Alberguejo se uniu a uma banda de rock e foram à Praia da Diversão para tocar música. Lá ninguém reclamava dele, pois Alberguejo aprendeu que tudo tem seu momento e seu lugar.

Isabel Furini é escritora e palestrante, autora da coleção "Corujinha e os filósofos", da editora Bolsa Nacional do Livro. Ministra oficinas e palestras para futuros escritores. Contato (41) 8813-9276, e-mail: [email protected]


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