17/01/21
PUBLICIDADE
Marden Machado
Marden Machado
18/11/2020 - 05:26
Imprimir Comunicar erro mais opções


O clássico romance O Conde de Monte Cristo, de Alexandre Dumas, já teve muitas adaptações tanto para o cinema como para a televisão. É, até hoje, um de meus livros favoritos. E o telefilme de 1975, dirigido por David Greene e com Richard Chamberlain no papel principal não apenas foi a primeira versão que vi como continua, talvez por razões de valor sentimental, a que mais gosto. Sidney Carroll escreveu o roteiro que segue a linha básica da obra de Dumas. A ação começa quando o jovem Edmond Dantes volta de uma viagem e acaba acusado injustamente de traição. Preso por um crime que não cometeu, ele fica amigo do abade Faria (Trevor Howard), outro prisioneiro. Dantes descobre quem estava por trás de sua prisão e ao fugir do cárcere, 14 anos depois, encontra um tesouro, assume a identidade de Monte Cristo e põe em prática seu plano de vingança. Trata-se de um típico "sessão da tarde”, ou seja, é diversão garantida.

O CONDE DE MONTE CRISTO (The Count of Monte Cristo – Inglaterra/Itália 1975). Direção: David Greene. Elenco: Richard Chamberlain, Trevor Howard, Louis Jourdan, Donald Pleasence, Tony Curtis, Kate Nelligan, Angelo Infanti e Taryn Power. Duração: 119 minutos. Distribuição: Classicline.
17/11/2020 - 04:36
Imprimir Comunicar erro mais opções


Bonnie Parker e Clyde Barrow dominaram a crônica policial da primeira metade dos anos 1930. Naquele período de forte recessão nos Estados Unidos, o casal assaltava bancos e isso lavava a alma dos pobres que haviam perdido tudo para as instituições financeiras. Em 1967 a história deles foi contada com sucesso em Bonnie e Clyde: Uma Rajada de Balas, de Arthur Penn. Agora, com este Estrada Sem Lei, dirigido em 2019 por John Lee Hancock, a mesma história é contada, porém, pelo ponto de vista dos Texas Rangers aposentados Frank Hamer (Kevin Costner) e Maney Gault (Woody Harrelson). Os dois são chamados para caçar os criminosos. O roteiro de John Fusco se baseou na documentação do caso e o diretor buscou o máximo de fidelidade possível, inclusive filmando muitas das cenas nos locais reais onde elas aconteceram. Costner e Harrelson são atores perfeitos para esse tipo de papel e dão credibilidade às suas personagens. Esta obra, seguramente, teria agradado Gladys Hamer, viúva de Frank. Ela ficou bem incomodada com a maneira que ele fora retratado no filme de Penn e processou a Warner por macular a memória de seu marido.

ESTRADA SEM LEI (The Highwaymen – EUA 2019). Direção: John Lee Hancock. Elenco: Kevin Costner, Woody Harrelson, Kathy Bates, William Sadler, Thomas Mann, Dean Denton, John Carroll Lynch, Emily Brobst, Edward Bossert e Kim Dickens. Duração: 132 minutos. Distribuição: Netflix.
16/11/2020 - 00:54
Imprimir Comunicar erro mais opções


O cineasta americano Sam Raimi chamou a atenção do mundo todo com sua trilogia Uma Noite Alucinante. Isso fez com que seu nome ficasse associado ao cinema de horror. Raimi, a partir de um certo momento em sua carreira, decidiu experimentar outros gêneros: o faroeste em Rápida e Mortal; o suspense em Um Plano Simples e o drama romântico neste Por Amor. O roteiro de Dana Stevens tem por base o romance de Michael Shaara e nos conta a história de Billy Chapel (Kevin Costner) e Jane Aubrey (Kelly Preston). Ele é um lendário lançador de beisebol e ela uma editora que recebeu uma proposta de trabalho irrecusável. Juntos há cinco anos, a relação de ambos chegou a um ponto onde escolhas precisam ser feitas. E é justamente em torno dessas escolhas que Por Amor se estrutura. Quem está acostumado com a maneira ágil da montagem dos filmes de Raimi pode até estranhar um pouco o ritmo desta obra que não tem pressa alguma. Pelo contrário, o diretor gasta um bom tempo apresentando Billy e Jane e nos situando na história que eles têm juntos e no ponto crucial que enfrentam no presente. Costner e Preston revelam excepcional química em cena e, de quebra, se você for fã de beisebol, não terá do que reclamar.

POR AMOR (For Love of the Game – EUA 1999). Direção: Sam Raimi. Elenco: Kevin Costner, Kelly Preston, John C. Reilly, Jena Malone, Brian Cox, J.K. Simmons, Carmine Giovinazzo e Arnetia Walker. Duração: 137 minutos. Distribuição: Universal.
15/11/2020 - 01:03
Imprimir Comunicar erro mais opções


Produção de Spike Lee para a Netflix, A Gente Se Vê Ontem é o longa de estreia do americano Stefon Bristol. Trata-se, na verdade, de uma versão ampliada do curta de mesmo nome que ele havia dirigido em 2017. O roteiro, escrito por Fredrica Bailey e o pelo próprio Bristol, conta a história de C.J. (Eden Duncan-Smith) e Sebastian (Dante Crichlow). Os dois são grandes amigos e criam uma máquina, ou melhor dizendo, uma mochila do tempo. E ambos voltam ao passado para evitar que uma tragédia aconteça. Eu, particularmente, acho o tema "viagem no tempo” fascinante e a abordagem aqui consegue inserir elementos novos. E o título, visivelmente, segue a mesma lógica do clássico De Volta Para o Futuro. A jovem Eden Duncan-Smith tem carisma e escapa da caricatura nerd nesta leve, tensa e divertida aventura temporal. Grande Scott! Antes que eu me esqueça, é simplesmente impagável uma participação especial e carinhosa, bem no início do filme, de um ator-símbolo de viagens no tempo.

A GENTE SE VÊ ONTEM (See You Yesterday – EUA 2019). Direção: Stefon Bristol. Elenco: Eden Duncan-Smith, Dante Crichlow, Brian Bradley, Marsha Stephanie Blake, Johnathan Nieves, Myra Lucretia Taylor, Wavyy Jonez, Rayshawn Richardson, Khail Bryant e Carlos Arce. Duração: 84 minutos. Distribuição: Netflix.
14/11/2020 - 00:19
Imprimir Comunicar erro mais opções


Muitos conhecem apenas a carreira musical de Chico Buarque e não sabem que ele também é autor de romances. Três deles, até o momento, foram adaptados para o cinema. Benjamim, publicado em 1995, virou filme em 2003 sob a direção de Monique Gardenberg, autora também do roteiro, junto com Jorge Furtado e Glênio Póvoas. Tudo gira em torno de Benjamim Zambraia, vivido pelos atores Paulo José (presente) e Danton Mello (passado). Ele viveu em meados dos anos 1960 um intenso romance com Castana Beatriz. Nos dias atuais, trabalhando como modelo fotográfico, ele conhece casualmente a corretora de imóveis Ariela Masé (Cléo Pires), que parece ser a reencarnação de seu grande amor. Talvez até seja a filha desaparecida dela. Benjamim, o filme, assim como o Benjamim do livro, parece viver preso a um tempo que não existe mais e enxerga o tempo que passou de uma maneira só sua. Gardenberg conduz sua narrativa às vezes errática, às vezes brilhante. Algumas escolhas de figurino, música e elenco não funcionam muito bem. O grande destaque fica mesmo para o sempre eficiente Paulo José e, principalmente, para a estreante em longas Cléo Pires. Antes, ela havia feito apenas uma pequena participação na minissérie Memorial de Maria Moura, onde interpretou a versão jovem de Glória Pires, sua mãe.

BENJAMIM (Brasil 2003). Direção: Monique Gardenberg. Elenco: Paulo José, Danton Mello, Cléo Pires, Nelson Xavier, Chico Diaz, Guilherme Leme, Rodolfo Bottino, Ernesto Piccolo, Ana Kutner e Mauro Mendonça. Duração: 104 minutos. Distribuição: Europa Filmes.
Marden Machado
 
Escrevo, todos os dias, sobre um filme, complementando minha participação nos programas Light News (na rádio Transamérica Light FM - 95,1), na rádio CBN Curitiba (90,1 FM), no programa Caldo de Cultura (UFPR TV - canais 15 da NET, 71 da TVA ou via web no http://www.tv.ufpr.br/), e no canal http://www.youtube.com/cinemarden.



ARQUIVO
Mês
Ano
AVISO: Opiniões e informações contidas nos blogs hospedados nesta plataforma são de responsabilidade exclusiva dos autores e não refletem os valores do Portal Bonde.
PUBLICIDADE
 
JORNAIS
Folha de Londrina
TELEVISÃO
MultiTV Cidades
OUTRAS EMPRESAS
Grafipress
RSS - Resolução máxima 1024x728 - () - Bonde - Todos os direitos reservados