Imagine o cenário em que você e sua família tiram férias, vão à praia ou a qualquer outro local após um ano inteiro de labuta, pois planejaram descanso merecido de acordo com seus salários e vencimentos.
Pois bem, no governo de Beto Richa (PSDB) os professores não podem planejar nada. Os mestres das 2,1 mil escolas da rede pública estadual foram surpreendidos ontem (25) com o contracheque sem o 1/3 de férias previsto.
Cerca de 70 mil professores paranaenses levaram o calote do governo do PSDB. A Secretaria de Estado da Educação (SEED), até agora, não se manifestou sobre o caso e nem deu pista se vai rodar uma folha complementar. O dinheiro tem que estar depositado até a próxima quarta-feira (30).
O clima é de revolta entre os educadores que utilizam as redes sociais – e pediram socorro a este blogueiro para protestar contra a "sacanagem" do governo tucano.
Muito estranho esse calote do governo do Paraná nos vencimentos dos professores. Não há motivos aparentes para a falta de recursos. Obras de infraestrutura não há. Projetos estratégicos também não são vistos por aí. Será que a exagerada criação de cargos em comissão comeu o orçamento do estado e deixou os professores chupando os dedos?
Será que o calote aos professores tem a ver com alguma manobra contábil? Como sabemos, o governo do estado ultrapassou o limite de gastos com a folha de servidores determinados pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Por causa disso não consegue tomar recursos emprestados junto ao BNDES e outros órgãos financeiros.
O calote nas férias dos professores tem potencial explosivo, pois está em gestação uma greve da categoria em março pelo cumprimento de outro 1/3, o da hora-atividade. Quando atacada no bolso, o órgão mais sensível do corpo humano, essa tropa fica com o humor alterado (e como).
Governador Beto Richa, cadê o dinheiro do 1/3 de férias dos professores? Responda rápido porque os mestres estão assando na praça a sua batata
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