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Ainda Carnaval

31 dez 1969 às 21:33
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O assunto Carnaval não se esgota. Reproduzo aqui crônica publicada na edição de quinta-feira, 26 de fevereiro, no Folha Curitiba. A ilustração é do Marco Jacobsen.
Abs
Drica


O Carnaval não é mais o mesmo

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Adriana De Cunto
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Nunca senti com tanta clareza a passagem do tempo como no Carnaval deste ano. Será que eu mudei de repente ou a transformação foi gradual?
Lembro que antigamente, para mim, o carnaval era uma coisa séria, quase tanto como deve ser para o povo do Morro da Mangueira, no Rio de Janeiro. Ele começava na sexta-feira à noite e só terminava na quarta-feira de manhã. Independente do lugar onde estava, se na minha cidade, em Londrina, ou em visita a casa de primos: São José do Rio Preto, Pariquera-Açu, Camboriú, Cananéia. Cidade pequena ou grande, tanto fazia. Nessas ocasiões de viagem da família, saía direto do ''salão'' para o carro do meu pai, que precisava trabalhar depois do meio-dia da Quarta-Feira de Cinzas.


Dos 13 aos 26 anos, não lembro de ter perdido um só Carnaval. Já machuquei o pé em desfile de bloco na rua. Comecei e terminei namoros e comprovei a hipótese que amor de verão não deve subir a serra. Se sobe, dá rolo.

Hoje estranho as lojas e escritórios que abrem na quarta-feira, só à tarde. Também acho um exagero a festa começar na sexta-feira. A invés de pensar em roteiros de folia, passo a semana anterior percorrendo bazar de costureira atrás de lantejoulas, miçangas, sapatilhas, flores artificiais. Isso porque, depois que virei mãe, apoteose para mim é fantasiar minhas filhas de Minie, ciganas, baianas, índias, bailarinas, fadas. O ponto alto do ziriguidum é sair atrás delas na matiné jogando confete e serpentina, tirando fotografias. Será que estou ficando velha? Não responda!


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