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Estou de luto

31 dez 1969 às 21:33
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O difícil é lidar com as exceções. Antes o hífen tivesse desaparecido para todo o sempre. A maioria, imagino, não sentiria a falta dele, que nunca soube mesmo qual era o seu papel no mundo. Lastimável o fim do trema, ainda que a minha relação com ele, admito, não tenha sido de total respeito e estima. Teve dias em que me flagrei dizendo "nem vou colocar trema". Talvez, agora, ele faça falta. Para o meu consolo, ao menos a crase permanece lá, intacta e imponente. Ainda bem, pois levei mais tempo para aceitá-la na minha vida.

Ontem, aqui na redação, teve uma palestra sobre a reforma ortográfica, o que serviu para descobrir o motivo da minha resistência em aderir à novidade, logo eu, defensora da evolução linguística e da pobre crase: é a primeira vez que eu enfrento uma mudança na Língua Portuguesa, visto que a última foi em 1971. Não estava, na verdade, preparada para a coisa, o que me deixa mais solidária com aqueles que insistem no "dêle". Quem diria.

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Catarina Scortecci - Repórter


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