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Histórias da borracharia

31 dez 1969 às 21:33
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Para quem não sabe, a borracharia é uma sala da sucursal de Curitiba onde trabalham homens - é lá que fica a editoria de Esportes, setor que não tem representantes do sexo feminino.
Desse verdadeiro Clube do Bolinha saiu a seguinte crônica, do Omar Godoy, publicada no dia 3 de abril.

Na base do oito ou oitenta
Omar Godoy

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Entre um turno e outro, o papo rola solto na "borracharia", uma sala aqui na FOLHA onde, por acaso, só trabalham homens. Pois bem... Esses dias, a rapaziada estava tirando "sarro" de um ex-jogador do Coritiba que estava "apagado" no obscuro futebol russo quando caiu a ficha de alguém.

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"Peraí! O cara viaja para caramba, ganha milhares de euros por mês e está com a vida ganha. Isso já não é muito?", disse o nobre colega bocharreiro. É muito, sim. A gente é que tem o péssimo hábito de reverenciar apenas os gênios, os grandes campeões, os ídolos do primeiríssimo time.

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O recém-ressuscitado Rubinho Barrichello é um exemplo clássico dessa mania nacional. Passou por algumas das maiores equipes da Fórmula 1, foi vice-campeão mundial, subiu ao pódio diversas vezes, bateu o recorde de participações em corridas... Quantos sequer chegaram perto de ter um currículo parecido?


Ainda assim, insistimos em tratá-lo como um fracassado. E ainda dizem que dividir as pessoas entre vencedores e perdedores é coisa só de americano...


Na música é a mesma história. Vira e mexe acusam fulano de ser um "artista de um sucesso só". Mas e você? Gravou quantos hits? Nenhum, claro. Fulano, pelo menos, será lembrado para sempre.

A verdade é que exigimos demais de quem está superexposto. Em meio a essa projeção, esquecemos da nossa própria condição mediana. É assim, na base do "oito ou oitenta", que se cria uma nação de recalcados.


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