Wanderlino Teixeira é contista, cronista, ensaísta, biógrafo. Tem 19 livros editados e pertence aos quadros da Academia Niteiroiense de Letras e do Instituto Histórico Geográfico de Niterói.
Concedeu essa entrevista para falar de poesia.
1) Quando começou a escrever poesia?
R) Meu primeiro livro de poemas (Chegança) data de 1977, mas bem antes já me dedicava a escrevê-los e a engavetá-los.
2) Para você existe diferença entre poesia e poema?
R) Entendo a poesia como algo mais abrangente. Assim como existe a prosa, há a poesia. Se na primeira temos as crônicas, os romances, os contos, os ensaios, as biografias, na segunda abrigam-se os poemas, com seus ritmos, suas metáforas e, não necessariamente, a métrica, podendo-se até dispensar a rima.
3) Ao escrever escolhe um assunto ou permite que sua inspiração o leve por novos caminhos?
R) Na verdade, não há novos caminhos. Na elaboração de um poema, compete ao poeta buscar atalhos.
4) Na sua opinião qual é seu melhor poema?
R) O meu melhor poema é todo aquele que consegue tocar a sensibilidade do leitor. Sendo assim, cabe a ele responder...
5) Você é da Academia Niteroiense de Letras, ou seja, já percorreu um longo caminho no mundo da literatura: que conselhos gostaria de dar para os novos poetas?...
R) Diria que devam estar atentos ao que os rodeia, não se fiem apenas na inspiração. Escrever é trabalho de carpintaria.
Na continuação, um poema de Wanderlino Teixeira Leite Netto:
DUBIEDADE
Ora um bulício de mim se apossa,
ora se instala uma paz insossa.
Quando em vez a inquietude,
vez em quando a indolência,
uma insinuante, outra silente.
Indubitavelmente, ando adubando o dúbio.