ODE ÀS CRIANÇAS MORTAS DA PALESTINA (poema enviado por Sergio de Sersank)
"Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes Eu quis reunir os teus filhos como a galinha reúne os seus pintinhos debaixo das suas asas, mas vós não o aceitastes!" (Lucas, XIII; 34)]]
Como vê-las, assim,
meros alvos apenas
de duros sistemas de ódio e opressão?
São aves que voam,
mesmo ceifadas suas asas no chão.
Clamam por elas
desesperadas mães com seus gritos.
Clamam ribeiros,
caminhos, cidades,
escolas, indústrias,
púlpitos, lares,
rostos aflitos.
Como vê-las, assim,
meros alvos apenas
de duros sistemas de ódio e opressão?
Que adentrem as luzes
dos céus infinitos,
mesmo ceifadas suas asas no chão.
Aves crianças,
levem as dores
de um mundo que morre,
(de um mundo que morre
por culpa dos homens)
para as estrelas
na imensa amplidão.
(Sersank, 28 de julho de 2014)
Poeta Sergio de Sersank.
Poeta e pensador paranaense, cultiva o hábito de escrever desde a juventude. Em 1991 obteve o 1° lugar em Concurso Nacional de Poesia promovido pela "Arte Poética Castro Alves", de São Paulo. Parte de sua produção literária pode ser vista no blog (http://sersank.blogspot.com/). O dia 08 de março de 2013, marca o lançamento de sua obra "Estado de Espírito", pela Editora Ithala, na Biblioteca Municipal de Londrina.