O novo livro do poeta curitibano Adriano Smaniotto, ‘Vísceras à Vista’, com edição da Secretaria de Estado da Cultura, expõe o aprimoramento lingüístico e a maturidade poética, instigante e polêmica do autor.
O lançamento do novo livro de Adriano Smaniotto, ‘Vísceras à Vista’, acontece no dia 25 de setembro, a partir das 21h – Bar Parangolé – Alto da XV (Rua Benjamin Constant, 400).
"Desta nova geração da poesia curitibana, Adriano é um dos que eu mais gosto. Ele tem uma linguagem viva, atraente e atual. Seus poemas são agressivos, lúdicos e líricos", define Thadeu Wojciechowski, poeta e compositor curitibano.
Barbosa Filho lembra que o autor é conhecido por seus recitais instigantes, criativos e bem humorados na cidade de Curitiba. "Ele nos brinda com uma adaga poética letal e desconcertante, porque é polêmica."
Adriano da Rosa Smaniotto nasceu em Curitiba-PR, em 1975. Publicou seu primeiro livro, Arcano, em 1995, pela Editora Ócios do Ofício. Em 1999, publicou o livro de bolso Vinte Vozes de Uma Mesma Veia, sob edição do autor. Em 2000, foi Versejar a voz do ser é ser de si algoz, livro que inclui poemas inéditos e uma seleção das publicações anteriores. Em 2003, integrou a antologia Passagens, organizada por Ademir Demarchi. Participou de diversos eventos poéticos Teve poemas publicados pela Coleção Sapatos Tortos da Feira do Poeta, órgão da Fundação Cultural de Curitiba.
REZA
eu devo matar esta mulher dentro de mim
pra não matar esta mulher dentro de um bar
eu devo matar esta mulher dentro de mim
porque não se deve deixar viver em si
qualquer mulher qualquer
eu devo matar esta mulher dentro de mim
pois matar primeiro a mim
seria deixar vivê-la mais
eu devo matar esta mulher dentro de mim
porque antes de seu devir
nunca tive vontade de matar
eu devo matar esta mulher dentro de mim
pra não morrer a cada dia um pouco mais