O ano de 2009 está se consolidando como o pior da história do Londrina Esporte Clube, dentro e fora de campo. Na bola, o time amargou o rebaixamento para a segunda divisão paranaense e assim que terminar sua participação no Brasileiro D, provavelmente no próximo dia 9, o LEC curtirá seis meses de inatividade. Sua próxima competição será a Copa do Brasil que deverá começar em fevereiro de 2010.
Para piorar a situação, a Copa do Brasil, pelo regulamento, poderá limitar a participação londrinense em apenas um jogo. E depois dela, em maio, teremos a segundona estadual. Agora sim é que "vai cair a ficha" daqueles que ainda não pensaram seriamente na desgraça que foi o rebaixamento, entre eles o presidente do clube, responsável maior pelo fracasso.
Ninguém mais acredita que o Londrina possa passar para a segunda fase do Brasileiro. As chances são remotíssimas. É, então, preciso adiantar as coisas. É preciso antecipar as eleições e deixar esse longo tempo sem bola rolando para que novos dirigentes tenham tempo de trabalhar pela recuperação.
O fracasso da gestão Peter não se limitou apenas ao rebaixamento. Numa gestão cheia de complicações e de coisas enroladas, os juniores deram vexame na última Copa São Paulo, os meninos da sub-15 não tiveram condições de vencer na Copa Cidade de Londrina, os salários dos jogadores e dos funcionários sempre andaram atrasados, as negociações de jogadores foram todas conturbadas e cheias de mistérios e a sede campestre virou ruínas.
Além de tudo isso, o Conselho Deliberativo do clube, com maioria de membros apontados pelo presidente, nunca conseguiu corresponder às expectativas. Sempre andou do lado de Peter, mesmo sabendo das coisas erradas e que poderia agir de modo diferente. Os poucos que não pactuavam com os erros nada puderam fazer.
Até a torcida organizada, a Falange Azul, entrou na do presidente. Ao contrário da ação em gestões anteriores, quando por qualquer motivo "virava as faixas de ponta cabeça", desta vez ficou no silêncio.
O caso Jaime é o problema mais recente. Caso muito enrolado e cheio de inverdades. O contrato com a Talento Sport, que o presidente jurou não existir, existe e todo mundo viu e isso mostra que ainda há muita sujeira coberta pelo tapete.
É preciso uma reação de todos. Das autoridades que administram o município (o Londrina é um patrimônio de todos nós), dos desportistas, da crônica esportiva, da torcida organizada, da cidade em si. Se essa mobilização não surgir, em tempo hábil, o Londrina Esporte Clube será morto e sua história será sepultada.