É muito comum que as pessoas não reconheçam suas próprias atividades como fontes de poluição. Quando se trata de uma atividade empresarial também, a primeira reação é geralmente afirmar "eu não poluo, eu não gero impacto".
Mas, será mesmo? E em nosso dia a dia, ao abastecer com combustível fóssil nossos veículos, não estaríamos poluindo? E quando mandamos para o lixão nossos resíduos domiciliares, então, do que se trata a degradação causada ao ambiente se não uma poluição?
Bem, é preciso partir da que todas as atividades geram impactos ao ambiente, em maior ou menor grau. Por isso, não é difícil imaginar a resposta. A mesma premissa é verdadeira quanto às atividades das empresas, em especial por meio das chaminés.
Até alguns anos atrás, não havia uma consciência disseminada a respeito dos problemas causados pelo excesso de emissões dos Gases de Efeito Estufa (GEEs).
O gás carbônico (CO2), mais comum e menos nocivo dentre os GEEs, nem era tido como um problema, já que as árvores trocam carbono por oxigênio – a maravilha da fotossíntese.
Porém, dado o crescente nível de emissões de GEEs e efeitos da Mudança do Clima, já sentidos, atualmente é consenso entre a maioria dos cientistas de todo o mundo que a causa do aquecimento global são as atividades humanas (mesmo que alguns céticos do clima tenha coragem de contrariar o IPCC – Painel Intergovernamental de Mudanças do Clima da ONU).
Assim, o clima anda louco ao passo que parece inevitável que continuemos a emitir desenfreadamente Gases de Efeito Estufa: Soma-se crescimento populacional acelerado ao consumo cada vez maior e resultado é que não paramos de piorar a situação.
Os Estados Unidos são muito criticados por não terem assinado o Protoloco de Kyoto. Entretanto, internamente, a Agência de Proteção Ambiental (EPA) dos Estados Unidos, mesmo batendo de frente com os interesses do setor industrial, limitou os níveis de emissão de (CO2).
Em resposta, as indústrias de carvão, petróleo e aço uniram-se em uma "Coalizão por uma Regulação Responsável" e demandaram o fim dos padrões restritivos de emissões, com a alegação de que afetaria a recuperação da economia americana.
Felizmente, a Corte de Apelações dos Estados Unidos rejeitou todas as demandas contrárias à regulamentação. A partir do exemplo dos EUA, não é difícil concluir, sim, todos somos poluidores.