O São Paulo Fashion Week terminou nesta última semana de março, dia 22 e rendeu muito pano para manga. Entre os frutos colhidos pós-evento, uma das polêmicas envolveu o estilista mineiro, Ronaldo Fraga.
A coleção de verão 2014 foi baseada na história do futebol de várzea. Chuteiras, trave, chão, bola, tudo foi traduzido e adequado na passarela onde as modelos desfilaram em um campo de piçarra.
A beleza assinada por Marcos Costa gerou polêmica. "Como forma de homenagear os cabelos dos negros" o maquiador fez de peruca, palha de aço. Muita gente achou racismo, xingou, berrou, mas o mundo da moda não deu muita bola. Fraga tem licença poética.
Quando se trata do estilista mineiro, filho de jogador, pesquisa e conhecimento são fatores ímpares no trabalho. Exatamente por isso, acredito que tal escolha tenha sido proposital. Movimentar o incomodo, questionar e relembrar a população que 2014 é o Brasil na copa do Mundo.
Além também, de abrir o olhar de que moda não é para agradar toda hora.
