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Quando a informação de moda é must have

10 abr 2013 às 13:59

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Foto: Acervo Ávila -
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De passagem por Londrina, Janaína Ávila bate um papo sobre moda, jornalismo e fala da relevância da informação no setor

Uma vez ao ano a jornalista Janaína Ávila aterrissa em solo brasileiro e colore os pés de vermelho ao vir visitar amigos e familiares. Atualmente, reside em Gressoney-Saint-Jean – na Itália -, uma cidade que parece conto de fadas. O restaurante da família do marido foi recentemente reformado e o interesse pela moda não ficou de fora do projeto: "Com certeza a informação que tenho sobre moda me ajudou a descobrir o que eu queria da nova decoração", afirma Janaína ao se referir ao projeto de interiores, desenvolvido por um arquiteto londrinense inclusive.

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"Eu não sabia como colocar aquelas cabeças de cervos na parede, um patchwork lindo de tecidos, design de um estúdio de criação suér bacana italiano. Só sabia que as queria ali. (Risos.) Tem tudo a ver com o lugar. A escolha da cor foi um rosa avermelhado. Hum… tipo aquele ali, da mulher comendo pastel, tá vendo?(ela me pergunta e eu respondo que sim). Então, aquele tom de rosa puxado para o vermelho se chama foi batizado de Honeysuckle e foi a cor do ano 2011, segundo a Pantone", explica.

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Enquanto ela falava, eu continuava olhando a mulher. "Nossa Janaína, a mulher está devorando o pastel".

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"Pra você ver… Devora o pastel e não está nem aí se a cor da sua camiseta apareceu na passarela de Lanvin, Marc Jacobs e Dior do verão passado".


Rimos.

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Tive o prazer de encontrar Janaína em uma quinta-feira nublada, após dias quentes, num shoppingzinho da rua João Cândido, em frente ao calçadão e da única banca de revistas ainda existente na cidade.


Há tempos venho questionando o que de fato é informação de moda e qual o papel social do jornalismo nessa cadeia. Um mercado que cresce rapidamente e move 4,5% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT), merece atenção. Neste percentual o sul do Brasil é responsável por uma parte significativa, mas e Londrina? Qual posição ela exerce no Paraná.

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Janaína se formou na Universidade Estadual de Londrina (UEL) e após dois anos começou a trabalhar no Jornal de Londrina (JL). No período que esteve morou na cidade contribuiu para a revista "Viver Bem" atual complemento do jornal Gazeta do Povo em Curitiba, além de integrar a organização do evento de moda promovido pela ACIL em 2006. Hoje à frente do restaurante também é correspondente internacional da revista WinkMag.


Ao lado das amigas e jornalistas Karla Matida e Rosângela Vale, formam a "Novidadeiras", primeiro blog de moda em Londrina. "O Novidadeiras foi criado em 2006, tem seis anos, somos o primeiro blog de moda em Londrina. Hoje quem o alimentado com mais frequência é a Karla. Lá você nunca vai ver look do dia, colocamos informações e referências do dia-a-dia, informações de moda que a gente busca pra informar porque gostamos de ler sobre o assunto", conta.

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"É diferente o comportamento em relação à moda na Itália. Por exemplo, o desejo de consumo das pessoas tem a ver com o que foi mostrado na passarela. No Brasil é bem diferente. O desejo de consumir vem do que aparece nas novelas. Isso deve ser cultural e se todo mundo é feliz assim, está bom assim. É uma característica do país, não adianta,"esclareceu.


Poços de Caldas, 1976. Foto:Acervo Ávila
Poços de Caldas, 1976. Foto:Acervo Ávila


Janaína observa que "a moda faz relação direta com a sociedade, por isso é preciso explicar o que é a moda para as pessoas, como ela interfere na vida delas. Todo mundo precisa se vestir, mas ninguém precisa se deslumbrem com algo fictício. Entender e transmitir a informação de moda é dar valor ao que realmente se pode deslumbrar dentro dela, adaptar as tendências ao seu dia-a-dia. Aprender a consumir de outra forma, valorizar o trabalho do design, do artesão, isso é ser elegante. Saber qualificar toda a cadeia que está por trás de uma marca", aconselha.

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Nesse instante, ela se vira e diz retirando uma bolsa de couro pendurada na cadeira: "Olha essa bolsa. A comprei na Itália, paguei coisa de R$100. Ela não tem marca, mas é feita de couro, um material nobre. Isso basta! Isso é moda! Isso é ser chic! Entender a importância do material de produção, perceber o design da peça e saber qual estilista usou o couro como objeto de desejo pela primeira vez. Não é fácil ter essas informações, leva tempo e é preciso pesquisa, mas fazem toda diferença na hora de comprar e vestir uma roupa ou acessório", deixa a dica.


"Duvide de tudo o que você vê, nada é por acaso. Não está usando um tom de azul por acaso, não está na moda um estilo xis de sapato por acaso. Tudo tem motivo e veio de algum lugar, tem referência de algo conhecido, o que se cria é o desejo pelo objeto. Busque as reais informações de moda e verá. Se as pessoas tivessem acesso a essas informações passariam menos vergonha ao se vestir", indica Janaína.


Encerramos nossa conversa em frente ao movimento da rua. Aos pingos de chuva me despeço da jornalista, que mesmo não se considerando jornalista de moda, deu-me aula!

Obrigada pela manhã!


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