Vai ao ar logo mais à noite, o segundo dos oito episódios de Na Forma da Lei. A série é escrita por Antonio Calmon, que vem de um fracasso no horário das sete, a novela Três Irmãs, e não fez feio na estreia, marcando 18 pontos de média no Ibope em São Paulo. Particularmente sou fã do autor, que criou bons momentos na teledramaturgia nacional, com destaque para Armação Ilimitada, Top Model, Vamp e O Beijo do Vampiro.
O seriado conta a história de um grupo de amigos que pretende prender o grande vilão, que matou o namorado de um deles tempos atrás e se revelará um serial killer. Pra ajudar, ele é filho de um político corrupto, que lhe facilita muito a vida, principalmente quando o é preciso subornar, ameaçar, coagir.
O primeiro episódio apresentou os personagens. Quem roubou a cena, na minha modesta avaliação, foram os dois vilões – pai e filho – vividos por Luis Mello e Márcio Garcia. Os demais não fazem feio. Há que se destacar o ritmo ágil e a boa direção de atores e cenas de ação feitas por Wolf Maya. O único problema são os clichês absurdos, as inverossimilhanças na caracterização de alguns personagens, principalmente a delegada vivida por Luana Piovani.
A agente da lei cometeu vários erros, além de abusar do poder que o distintivo lhe confere. Luana nunca será uma boa atriz. Será sempre lembrada pela beleza e antipatia com que trata equipe e imprensa. E pra ajudar, na série é casada com um marido que realiza todas as tarefas domésticas, enquanto ela aponta arma na cabeça dos malfeitores. Tudo previsível. Ainda bem que a série não é só ela. Dois outros delegados que entrarão nos próximos episódios serão machões de dia e gays à noite. Tomara que não sejam mais um clichê.