A sociedade absolveu nesta quarta-feira, no Rio, o cabo da PM Wiliam de Paula, que em julho deste ano, junto com um colega soldado, atirou 17 vezes contra o carro em que estava o menino João Roberto Amorim, de apenas 3 anos, a mãe Alessandra Amorim e um recém-nascido. Ele era acusado de homicídio duplamente qualificado e de tentativa de homicídio, o que daria até 30 anos de cadeia.
No juri, os policiais repetiram a história de que perseguiam assaltantes e teriam confundido os carros.
Pois é. Nesta quarta-feira, sete membros da nossa sociedade foram convocados para decidir se o PM era culpado ou inocente. E, por 4 votos a 3, decidiram que o PM não teve qualquer culpa pelo assassinato de um menino de apenas três anos. É até permitido que ele cometesse um erro e confundisse os modelos dos carros, mas daí disparar 17 vezes contra um carro, sem que ninguém revidasse... Acho que o que cada pessoaexige de um policial é, no mínimo, que ele consiga tomar decisões equilibradas, mesmo nos momentos de maior tensão. Claro que o Estado também merece ser citado por não oferecer um treinamento continuado para sua tropa, mas só isso não explica a conduta desastrosa do cabo.
Mas, alheia a tudo isso, a maioria dos jurados decidiu que ele não teve qualquer culpa. Foi condenado a três anos por lesão corporal contra a mãe e o irmão de João Roberto, porque um dos tiros atingiu o vidro e os estilhaços feriram mãe e filho.
Francamente. Não dá para aceitar uma situação destas. Alguma coisa está muita errada que faz a gente assistir paralisado a tudo isso. E olha que a morte de João Roberto dominou por várias semanas o noticiário nacional.
A frase mais lúcida sobre este veredito foi falada ontem pela mãe de João Roberto: "foi como se meu carro estivesse sendo metralhado de novo." E, nós, Amanda, somos os Joões que continuamos morrendo todos os dias sem reclamar por Justiça.
No juri, os policiais repetiram a história de que perseguiam assaltantes e teriam confundido os carros.
Pois é. Nesta quarta-feira, sete membros da nossa sociedade foram convocados para decidir se o PM era culpado ou inocente. E, por 4 votos a 3, decidiram que o PM não teve qualquer culpa pelo assassinato de um menino de apenas três anos. É até permitido que ele cometesse um erro e confundisse os modelos dos carros, mas daí disparar 17 vezes contra um carro, sem que ninguém revidasse... Acho que o que cada pessoaexige de um policial é, no mínimo, que ele consiga tomar decisões equilibradas, mesmo nos momentos de maior tensão. Claro que o Estado também merece ser citado por não oferecer um treinamento continuado para sua tropa, mas só isso não explica a conduta desastrosa do cabo.
Mas, alheia a tudo isso, a maioria dos jurados decidiu que ele não teve qualquer culpa. Foi condenado a três anos por lesão corporal contra a mãe e o irmão de João Roberto, porque um dos tiros atingiu o vidro e os estilhaços feriram mãe e filho.
Francamente. Não dá para aceitar uma situação destas. Alguma coisa está muita errada que faz a gente assistir paralisado a tudo isso. E olha que a morte de João Roberto dominou por várias semanas o noticiário nacional.
A frase mais lúcida sobre este veredito foi falada ontem pela mãe de João Roberto: "foi como se meu carro estivesse sendo metralhado de novo." E, nós, Amanda, somos os Joões que continuamos morrendo todos os dias sem reclamar por Justiça.