O final de ano é pródigo em balanços. Então, vamos fazer o nosso também. Trabalho em Londrina desde 2000 e acabei acompanhando o comportamento dos índices de homicídio no período. Neste fim de ano, que ainda não acabou, já acumulamos 128 mortes (conforme acompanhamento da FOLHA). Número 54% maior que o do ano passado, quando 83 pessoas foram assassinadas, conforme reportagem de Fernanda Borges desta terça-feira.
Novamente, os jovens até por volta dos 30 anos foram as vítimas mais comuns. Novamente, o tráfico de drogas serviu como estopim para a maioria dos assassinos acionarem o gatilho.
Quem parar para pensar vai constatar que há oito anos, grande parte das vítimas e assassinos ainda brincavam de pipa nas ruas das periferias da cidade, queriam ser jogadores de futebol, astronautas, professores, que iam com fome para suas escolas, que nas noites de inverno sentiam o frio entrar pelo buraco do tapume do barraco... Ainda não pensavam em matar ou morrer, não conheciam o crack, o "berro"...
Em algum momento escaparam para uma via marginal e as razões para explicar tal fenômeno são muitas. Algumas delas: o Estado (União, Estado e Município) não fazem sua parte e ainda emprestam a bandeja para exibir as cabeças arrancadas em alguma esquina qualquer; as Polícias não dão conta de coibir os crimes nem de investigar depois de cometidos.
Um dado que confirma as afirmações vem na edição da FOLHA desta terça. Neste ano, a Polícia Civil conseguiu esclarecer apenas 64% dos homicídios cometidos. Um número pífio, que ficaria pior ainda se tivéssemos acesso ao total de acusados que foram presos, e que permanecem presos.
Não é isso que eu quero para a cidade que vivo. Não é isso que quero para as pessoas que aprendi a gostar tanto...
Novamente, os jovens até por volta dos 30 anos foram as vítimas mais comuns. Novamente, o tráfico de drogas serviu como estopim para a maioria dos assassinos acionarem o gatilho.
Quem parar para pensar vai constatar que há oito anos, grande parte das vítimas e assassinos ainda brincavam de pipa nas ruas das periferias da cidade, queriam ser jogadores de futebol, astronautas, professores, que iam com fome para suas escolas, que nas noites de inverno sentiam o frio entrar pelo buraco do tapume do barraco... Ainda não pensavam em matar ou morrer, não conheciam o crack, o "berro"...
Em algum momento escaparam para uma via marginal e as razões para explicar tal fenômeno são muitas. Algumas delas: o Estado (União, Estado e Município) não fazem sua parte e ainda emprestam a bandeja para exibir as cabeças arrancadas em alguma esquina qualquer; as Polícias não dão conta de coibir os crimes nem de investigar depois de cometidos.
Um dado que confirma as afirmações vem na edição da FOLHA desta terça. Neste ano, a Polícia Civil conseguiu esclarecer apenas 64% dos homicídios cometidos. Um número pífio, que ficaria pior ainda se tivéssemos acesso ao total de acusados que foram presos, e que permanecem presos.
Não é isso que eu quero para a cidade que vivo. Não é isso que quero para as pessoas que aprendi a gostar tanto...