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A ocasião cria o vilão

20 abr 2010 às 14:04
Fernando Alonso durante a pré-temporada. - Tiago Rafael
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Infelizmente, o blog ficou pronto só após a realização de quatro GPs. Mas nunca é tarde para avaliar algumas situações polêmicas. Neste post, quero lembrar da ultrapassagem que o Alonso aplicou sobre o seu companheiro de equipe, Felipe Massa, na entrada dos boxes. Quando envolve Ferrari, brasileiros e campeões mundiais, logo nos lembramos do GP da Áustria, de 2002, quando Rubens Barrichello recebeu ordens para que abrisse caminho para Michael Schumacher, segundos antes de passarem pela reta de chegada.

Durante a pré-temporada, Massa e Alonso começaram com discursos amistosos, apesar da imprensa espanhola tentar apimentar a relação entre os dois. Na primeira corrida, por ordens do engenheiro, Massa teve que tirar o pé para não chegar no espanhol apesar de apresentar um bom volume de corrida. Até ai, tudo bem. A escuderia italiana quis priorizar a dobradinha naquela ocasião e o carro do brasileiro pode ter realmente apresentado algum desgaste ao longo da corrida. Então, ai se coloca em prática aquele discurso de "trazer as crianças pra casa". Felipe Massa respeitou a decisão da escuderia. Afinal, ele estava voltando a competir bem após ficar um longo período sem correr.

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É evidente que num esporte, alguém é mais forte e, consequentemente, o outro é o mais fraco. Na Ferrari, Alonso é o mais agressivo. Arrisco-me a dizer que ele pilota mais do que o brasileiro. Porém, o temperamento dos dois é parecido. Em Xangai, Alonso deixou a política de boa vizinhança de lado e, fez a polêmica ultrapassagem. Tudo bem, mas logo em cima do companheiro de equipe e que até então era o líder temporário do campeonato? Até agora a maioria da imprensa está tentando colocar panos frios na situação. Mas Alonso foi egoísta, pensou na sua corrida e, ultrapassou Massa numa ocasião desnecessária de acordo com a política da equipe. Acho que ele não está errado. Pelo contrário, é isso mesmo. F1 é disputa, é brigar pela posição até os últimos metros de pista. Mas ele esqueceu que quem estava na frente era sue amigo de equipe. Em Xangai, a ocasião, o desejo por obter resultados melhores criou o vilão.

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Como se fosse a primeira vez

Para o próximo GP, a disputa entre os dois vai mudar de viés. Será muito mais ferrenha. O Felipe Massa vai acordar para o campeonato e ver que manter a regularidade apenas pontuando, não será necessário. Ele vai precisar muito mais do que isso. Necessitará de vitórias. E acredito que a Ferrari é quem vai pagar caro com isso, por ter dois pilotos competitivos na equipe. Um conflito interno não será nada bom para os italianos com a forte Red Bull, com a McLaren se descobrindo no mundial e, com Nico Rosberg comendo pelas beiradas. Quem vai ganhar com tantas disputas, será quem aprecia o esporte.


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