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História, velocidade e atualidade

19 abr 2010 às 13:39
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O ano de 1994 foi muito importante para mim. Comecei a me descobrir como cidadão. Nessa data eu entrei para a pré-escola. Lá, aprendi a escrever, colorir, tive as primeiras noções de política e a reconhecer os primeiros super-heróis. Mas os de carne e osso. Não aqueles que desenhos animados retratavam. É claro que nesse ano soube que a seleção brasileira de futebol era a melhor do mundo e que o Ayrton Senna era "foda". Lembro-me que a paixão pelo automobilismo e o futebol movimentava as brincadeiras da molecada.

Tenho perpetuado na minha memória uma calça de moleton. Ela tinha algo escrito e o número 33 numa das pernas. Com o meu pouco conhecimento acadêmico, sobre a minha bicicletinha com rodinhas, eu falava que aquela era a minha calça de "piloto" de Fórmula 3. Pira de criança total.

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Meus amigos e eu éramos fãs do Senna. Na verdade, nem sabíamos ao certo a dimensão que aquele cara tinha diante do mundo. A gente tinha noção de que ele era brasileiro e, que ganhava muitas corridas. Só isso. Eram apenas informações fragmentadas pela televisão e por adultos bairristas.

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Como se fosse a primeira vez


Lá na quadra da pré-escola Célio Guergoletto, disputávamos para ver quem seria Senna nas brincadeiras. E a nossa corrida era a pé. Quando não, com carrinhos de frisson, faltando roda, só o pó. Acho que desde então me apaixonei por velocidade. Só que em 94, Senna morreu. E ai, mais um aprendizado. O de tristeza e, até certo ponto, de saudades de alguém que eu mal conhecia.

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Depois de sua morte, acompanhei algumas corridas de forma superficial. Via porque eu achava muito bom quando aconteciam ultrapassagens e, quando os carros batiam e se espatifavam, o que era muito comum naquela época. Acho que todas as crianças tiveram esse gostinho de iniquidade uma vez na vida. Mas eu cresci, amadureci e, aprendi a assistir corridas de outra forma. Acompanhava os GPs como torcedor. Só que com a morte do Senna, o pífio desempenho dos brasileiros na categoria me afastou do esporte.


Depois de algum tempo veio a era do Schumacher na Ferrari. Voltei a acompanhar o esporte. Eu gostava de ver o alemão pilotar. Gostava do seu estilo "Dick Vigarista" de guiar. Só que é claro, quando o duelo envolvia brasileiro, ai a torcida mudava de lado. Mas o meu sentimento é que a F1 nunca foi a mesma sem Senna em cena.

Em 2006 eu comecei a faculdade. Era um moleque de 17 anos, que mal sabia o que era jornalismo. Ainda não tinha muita noção em que área iria atuar no campo da comunicação. E foi na faculdade que conheci o meu amigo Bruno Ferreira. Com mais cara de irresponsável do que eu, ele era um aficionado por F1. Daqueles que sabe tudo e que nunca perdeu um GP na vida. Foi então que eu comecei também a acompanhar com mais critérios a F1. E não nego, aprendi muita coisa com ele.


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