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Entenda o projeto

Alvo de críticas de conselhos, Lei Geral das Universidades é aprovada com seis emendas

Guilherme Marconi/Grupo FOLHA
16 dez 2021 às 09:27

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- Dálie Felberg/Alep
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Criticada pelos conselhos universitários da UEL e UEM (Universidade Estadual de Maringá), a LGU (Lei Geral das Universidades) foi aprovada em segunda e terceira e definitiva votação nesta quarta-feira (15), por meio do projeto de lei 728/2021, enviado pela gestão Ratinho Junior (PSD). 


A ideia é criar parâmetros para o financiamento e a distribuição de recursos entre as universidades estaduais do Paraná, fixando regras para pagamento de pessoal e estabelecendo critérios para a eficiência de gestão universitária, com base em sua autonomia constitucional.

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Deputados de oposição com apoio dos reitores das duas instituições tentaram flexibilizar alguns pontos do projeto que foi colocado em regime de urgência no debate e aprovada na última sessão parlamentar de 2021. 

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Isso porque no entendimento das instituições a LGU poderá ferir autonomia da gestão e criar dificuldades para recompor servidores em serviços de órgãos suplementares, inviabilizando a operação do Centro Odontológico da UEL, o Hospital Veterinário e a Casa de Cultura, por exemplo.


No total, foram apresentadas 66 emendas de plenário. Destas, 59 emendas foram acatadas integralmente durante reunião da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), realizada na manhã desta quarta-feira, mas rejeitadas pelo plenário. Outras seis alterações ao projeto foram aprovadas na forma da subemenda modificativa. 

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Uma emenda foi retirada pelo autor. Os deputados membros da CCJ aprovaram o parecer favorável do relator, deputado Hussein Bakri (PSD).

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Emendas


Uma das alterações propostas pela subemenda diz que, até que sejam atingidas as contratações de professores efetivos no percentual de 80% previsto para o quarto ano de vigência da Lei, fica autorizada a contratação de docentes temporários acima do percentual de 20% estabelecido. 

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A finalidade é preencher o quantitativo da carga horária dos cargos a que cada instituição tem direito.


Entre outras mudanças, também foi permitido que as Instituições de Ensino Superior prestem serviços e produzam bens para terceiros, podendo ser repassados, como pagamento, porcentagem compatível com a complexidade dos serviços aos servidores que participarem das atividades. 

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A prestação de serviços se refere ao desenvolvimento de produtos, processos, sistemas, tecnologias ou assessoria, consultoria, orientação, treinamento de pessoal ou a outra atividade de natureza acadêmica, técnico científica ou cultural de domínio das instituições.


O reitor da UEL, Sérgio Carvalho, lembrou que durante os últimos três dias trabalhou em Curitiba para levar a posição oficial da universidade e tentou primeiro a retirada de pauta para o debate amplo e depois emendas para atenuar os impactos da LGU. "Importante que levamos ao governo e depois aos deputados a posição tomada pelo Conselho Universitário. Ao final trabalhamos fortemente na apresentação de emendas que tornassem o texto melhor para nossa instituição”, ressaltou

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O líder do governo, deputado Hussein Bakri (PSD), afirmou que a proposta aprovada teve amplo debate nas universidades. "Conseguimos acatar várias emendas no sentido de melhorar o projeto. No ano que vem, podemos avançar em outros pontos que podem ser melhorados", garantiu.


O líder da Oposição, deputado Professor Lemos (PT), diz que haverá sucatemento das  universidades nas áreas de pesquisa e a extensão.  "Não concordamos que as instituições fiquem sem autonomia. Queremos que o conselho universitário seja respeitado e valorizado."


Segundo o governo, o objetivo da proposta é criar uma padronização mínima obrigatória de gestão de pessoal, custeio e investimento entre as universidades estaduais. Ainda segundo o Executivo, o projeto se baseia em práticas já implementadas no Sistema Federal de Ensino Superior, que compreende as instituições mantidas pela União.


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