A JK (Juscelino Kubitschek) é uma via muito conhecida em Londrina. Na altura do número 2.372 da avenida está o Colégio Vicente Rijo, onde há um grande fluxo de pedestres e veículos, motorizados ou não. No último dia 27, o professor aposentado Demóstenes Antônio Rust, 73 anos, faleceu após ser atropelado enquanto atravessava a faixa e o caso motivou a Associação Mobilidade Ativa Londrina a realizar uma manifestação na manhã deste sábado, 11.
A arquiteta e urbanista e membro do Mobilidade Ativa Londrina, Camila Oliveira, esclarece que o objetivo para esta manifestação é chamar a atenção para a falta de segurança do pedestre no trânsito de Londrina, pois mesmo cumprindo todas as regras de trânsito que competem a ele, como pedestre, pessoas estão sendo violentamente atropeladas. "Foram três atropelamentos nos últimos dias, um deles fatal. Em outubro do ano passado, um estudante foi morto a caminho da escola de bicicleta. Isso é inconcebível", reflete.
O administrador hoteleiro Luiz Giglio também recorda a morte no trânsito do fotógrafo e produtor cultural Wilton Mitsue Miwa, na avenida Ayrton Senna, uma das vias por onde circula de bicicleta para o trabalho, diariamente. "São 6,5 quilômetros na ida, mais esse percurso na volta e noto como a hostilidade está presente nos comportamentos. Infelizmente muitos se esqueceram que é dever do maior cuidar do menor e mais vulnerável, que é o pedestre", expõe.
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Presente à manifestação, a bibliotecária Raiane Vecchia conta que, ainda muito insegura, está retomando às ruas como ciclista, pois no ano passado foi vítima de um atropelamento. "Eu estava de bicicleta nas proximidades da rua Bélgica e o motorista do carro relata que não sabe como tudo aconteceu". A favor da mobilidade ativa, considera que a ansiedade pode ser o principal motivo de as pessoas não se respeitarem no trânsito.
A Associação Mobilidade Ativa Londrina é organização sem fins lucrativos que luta por politicas públicas e melhor infraestrutura para pedestres e ciclistas em Londrina. Leia mais na FOLHA DE LONDRINA: