O advogado Sérgio Brasil Gadelha, de 74 anos, confessou ter matado a namorada Hirume Sato, de 57, dentro do apartamento do casal no fim de semana, em Higienópolis, na região central de São Paulo. O crime foi registrado apenas na madrugada desta segunda-feira, 22, no 78º DP (Jardins).
À polícia, Gadelha disse que discutiu e agrediu a artista plástica por ciúmes. A perícia encontrou hematomas no rosto, boca, braços, abdômen e nas costas da vítima. Havia ainda uma marca no pescoço, indício de estrangulamento. Dentro da banheira do apartamento foram encontrados lençóis e toalhas com manchas que parecem ser de sangue - a polícia investiga se o advogado tentou modificar a cena do crime.
Uma filha do acusado, que disse morar em Florianópolis, contou na delegacia que recebeu uma ligação do pai falando sobre o incidente no fim de semana e por isso viajou a São Paulo no domingo. Ela afirmou que só tomou ciência da gravidade da situação ao chegar ao apartamento. Ao ver o que havia ocorrido, ligou para uma irmã da vítima e chamou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), meio pelo qual o caso chegou ao conhecimento da polícia.
Leia mais:
A partir desta sexta-feira, sites não podem vender 48 marcas de whey protein
Mãe se desculpa após discussão dentro de avião e diz que filho fez 'birra ridícula'
Hora trabalhada de pessoa branca vale 67,7% mais que a de negros
Mulher que viralizou ao não ceder assento vai processar mãe após exposição
Em seu depoimento, Gadelha afirmou que a briga do casal começou no fim da tarde de sábado, depois das 18h. De acordo com o acusado, eles dormiram no mesmo quarto naquele dia. Na manhã de domingo, na versão de Gadelha, ele tentou conversar com a mulher, que, embora só gesticulasse, parecia estar bem. No restante do dia, porém, ela não saiu da cama, disse Gadelha.
De acordo com seu advogado, Átila Pimenta Coelho, o cliente não tinha intenção de matar a namorada, com quem mantém um relacionamento há três anos e mora há dois. O advogado disse que o casal já vinha brigando na semana anterior à morte de Hirume. O advogado, que estava até o fim da manhã no 78º DP, deve ser encaminhado para uma delegacia com carceragem para presos de nível superior.