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Brecha na rede

Após ação hacker, Anatel corrige 'falha' em ligações

Anne Warth
Agência Estado
30 jul 2019 às 08:42
- Shutterstock
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A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) determinou na segunda-feira (29) que as operadoras de telefonia corrijam uma brecha na rede que permitiu a invasão dos celulares de centenas de autoridades do País, incluindo o presidente Jair Bolsonaro.

A medida é efeito prático das investigações da Operação Spoofing, da Polícia Federal, que prendeu quatro suspeitos na semana passada.

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Desde segunda, já não é mais possível ligar para o seu próprio número de telefone. Era assim que Walter Delgatti Neto, o Vermelho, apontado como cabeça do grupo, afirmou que acessava a caixa postal dos usuários e, a partir daí, conseguia obter o código de ativação do serviço web do Telegram, aplicativo de troca de mensagens, que é enviado por mensagem de áudio.

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A possibilidade de acessar a caixa postal ligando para o seu próprio número, agora bloqueada, não era considerada uma falha, mas um padrão da rede das operadoras, também utilizado em outros países.

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Nos próximos dias, as empresas de telefonia também deverão reforçar ações para incentivar os usuários a adotarem senha para acessar a caixa postal. A campanha terá caráter educativo e será coordenada pela Anatel.


'Modus operandi'
Para invadir o celular das autoridades e obter o histórico de mensagens trocadas, os hackers associavam as características da caixa postal a "fragilidades" do aplicativo Telegram.

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Diferentemente do WhatsApp, o Telegram permite que o usuário inicie múltiplas sessões, com dois ou mais dispositivos conectados de forma simultânea - é possível, por exemplo, manter a tela do serviço de mensagens aberto em mais de um computador ao mesmo tempo. Além disso, o usuário do Telegram pode solicitar o envio da senha do aplicativo por mensagem de voz para ativar o serviço web.


Para fazer as ligações simulando o número da vítima, o hacker utilizava um aplicativo malicioso e conseguia "espelhar" o celular de outra pessoa usando serviços de voz por IP (VoIP).

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A Anatel não tem poder sobre aplicativos de mensagem, mas a agência pode tomar medidas em relação às teles - como o bloqueio de ligações para o próprio número de celular.


A determinação às operadoras de telefonia foi a primeira ação adotada após a própria Polícia Federal enviar um ofício à Anatel, na semana passada, informando o "modus operandi" do grupo responsável pelos ataques virtuais.

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Outra ação que está sob o guarda-chuva do órgão regulador é a organização da campanhas de conscientização. Boa parte dos usuários não altera a senha padrão de acesso à caixa postal, enviada pelas operadoras, o que facilita a ação de hackers. Essa será uma das mensagens da campanha, que ainda está sendo desenhada pela Anatel e pelas empresas.


Telegram
O aplicativo Telegram ganhou muitos usuários brasileiros após várias decisões judiciais que bloquearam o WhatsApp, em 2016. Golpes que utilizam o acesso por meio dos aplicativos têm sido comuns em todo o mundo.

Procurada, a Anatel informou que está colaborando com a Polícia Federal e empregando todos os instrumentos e equipes técnicas disponíveis. "Para garantir o necessário sigilo à operação, não serão divulgadas mais informações no presente momento", informou o órgão regulador. As informações são do jornal O Estado de S Paulo.


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