Após o Ministério das Relações Exteriores, Itamaraty, conceder passaportes diplomáticos a quatro líderes evangélicos da Igreja Internacional da Graça de Deus e da Igreja Evangélica Assembleia de Deus, ativistas do movimento de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT) também resolveram reivindicar o benefício.
Em ofício enviado por e-mail ao ministro Antonio Patriota na manhã desta quinta-feira (17), a ABGLT solicita que 14 ativistas também recebam o documento, para realizar um trabalho de promoção e defesa dos direitos humanos "nos 75 países onde ser LGBT é crime e nos 7 países onde existe pena da morte para as pessoas LGBT".
"O Vaticano é um país e, por isso, para os cardeais existe uma norma (de retirar o documento). Mas os pastores evangélicos receberam em regime excepcional. E como nós estamos viajando muito para o exterior, para fazer esse trabalho de promoção da cidadania, também estamos reivindicando esse direito", justificou o presidente da associação, Toni Reis.
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Segundo ele, a ABGLT, que atualmente congrega 256 organizações LGBT de todo o Brasil, tem status consultivo junto ao Conselho Econômico e Social da Organização das Nações Unidas, além de atuar em parceria com diversos órgãos do Governo Federal.
Caso o Itamaraty não responda a solicitação dentro de 15 dias, a entidade informou que pretende entrar com um pedido no Ministério Público Federal (MPF).
A reportagem procurou a assessoria de imprensa do Ministério das Relações Exteriores, que ficou de verificar o recebimento do ofício e se posicionar na sequência.