Cerca de 300 bombeiros protestam neste momento nas escadarias da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) em prol de melhores condições salariais e de trabalho. Os manifestantes distribuem à população adesivos pedindo a libertação dos 439 bombeiros presos pela Polícia Militar (PM) após a invasão do Quartel Central da corporação, no centro do Rio, na madrugada de sábado. Quatro viaturas da PM vigiam o protesto, que transcorre sem altercações até o momento.
Um dos organizadores do protesto, o bombeiro Paulo Edson, de 42 anos, afirmou que a intenção inicial do grupo é seguir em carreata até a zona sul do Rio de Janeiro. "Sou bombeiro há 20 anos, estava no quartel central no sábado, mas consegui escapar. Muitos amigos meus foram presos. Agora estamos protestando por eles", disse.
Também no protesto, Tatiana dos Santos, de 33 anos, acompanhou o marido, o cabo José Leandro Barros, de 35 anos, à manifestação na Alerj. Quando questionada sobre as críticas que os bombeiros têm recebido pela presença de mulheres e crianças no protesto que deu origem à invasão ao Quartel Central dos bombeiros, ela foi taxativa: "Estou participando das manifestações com meu marido há dois meses, e sempre foram pacíficas. Eu estava no protesto antes da entrada dos colegas no quartel, mas saí antes", afirmou, acrescentando que pretende continuar a acompanhar o marido nas manifestações.
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Participantes do protesto da Alerj informam que a intenção da categoria é de permanecer aquartelada, e atender somente casos extraordinários que representem risco de vida à população.
Pela manhã, os bombeiros presos começaram a ser transferidos da Corregedoria da Polícia Militar (PM), em São Gonçalo, região metropolitana do Rio de Janeiro, para onde foram levados imediatamente após a prisão. No sábado a noite, a PM informou que os presos seriam transferidos para as unidades militares do Corpo de Bombeiros.