Somos assíduos fregueses das mais famosas mostras internacionais de cinema do mundo desde meados do século passado, nenhuma dúvida. Cannes, Veneza, Berlim. A santíssima trindade das imagens. Locarno, Sundance, todas as seleções mais tentadoras e respeitáveis do universo cinema já abriram as portas para abrigar nossos realizadores.
E não é de hoje: em 1962, Cannes garantiu nossa única e dourada Palma de Ouro naquele concurso que é a olimpíada do cinema: “O Pagador de Promessas”, de Anselmo Duarte. E depois houve a seleção honrosa de outros filmes, dirigidos por notáveis como Glauber Rocha, Cacá Diegues, Nelson Pereira dos Santos, Arnaldo Jabor, Hector Babenco, Ruy Guerra.
Leia mais:
Meta, do Facebook, diz que 'nenhuma democracia' tentou impor regra de redes sugerida no STF
Veja calendário de pagamento do abono do PIS/Pasep 2025 proposto pelo governo federal
Lares no Brasil têm mais cômodos e menos moradores por dormitório
Projeto aprovado na Câmara autoriza investigados por crimes a comprar armas de fogo
Mais recentemente, em 2019, os prêmios em Cannes a “Bacurau”, de Kléber Mendonça Filho e Juliano Dornelles (Prêmio Especial do Juri), e “A Vida Invisível de Eurídice Gusmão”, de Karim Aïnouz (melhor filme da mostra Un Certain Regard), são a prova mais visível da presença marcante do cinema brasileiro nos principais festivais do mundo naquele ano: Munique, Locarno, Roterdã, Berlim, Sundance e vários outros.
Em termos de reconhecimento internacional, 2019 já pode ser considerado o melhor ano da produção brasileira desde os tempos do Cinema Novo na década de sessenta, contrastando com a realidade interna do País – a extinção do Ministério da Cultura, a crise fabricada na Ancine, a censura aberta e recorrente em diversas instituições públicas e a cruzada pessoal do ex-presidente Bolsonaro contra o cinema nacional, gerando uma situação de paralisia e incerteza que pretendia matar à mingua um circuito de formação, produção, distribuição e diálogo que foi gradualmente construído e que então começava a produzir seus primeiros frutos notáveis. Mas os bons ventos politicos voltaram a soprar, afastando o risco de aniquilação que ameaçava a frágil vitalidade. de aniquilação.
'AINDA ESTOU AQUI'
Agora foi a vez de Veneza avalizar mais um produto brasileiro desta safra 2024. E com um tema e um título com tudo a ver: o prêmio de migliore sceneggiatura/melhor roteiro foi para “Ainda Estou Aqui”, de Walter Salles.
Leia a reportagem completa na FOLHA DE LONDRINA: