Atendendo ao apelo dos advogados do Grupo Schahin, os deputados da CPI da Petrobras encurtaram o depoimento do empresário Rubens Toufic Schahin. Embora o empresário tenha avisado que não se pronunciaria na comissão, alguns deputados fizeram questão de discursar e insistir para que o depoente mudasse de posição e falasse à CPI.
Os advogados fizeram um apelo para que Rubens, de 73 anos, fosse dispensado logo. Os defensores Eduardo Sanz de Oliveira e Silva e Guilherme San Juan Araújo alegaram que ele tem problemas de saúde.
Já passaram pela comissão Carlos Eduardo e Salin Toufic Schahin, que se mantiveram calados, mas foram obrigados a ouvir as perguntas e os discursos dos parlamentares. Salin só fez questão de responder que nasceu na cidade de São Paulo. Agora os membros da CPI ouvem o depoimento de Pedro Henrique Schahin, que também anunciou que exerceria o direito constitucional de se manter em silêncio. Ele, no entanto, quebrou a sequência de respostas repetidas ao declarar que tinha 32 anos.
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A família Schahin conseguiu um habeas corpus preventivo concedido pelo ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), para não falar aos deputados. O ministro determinou que os Schahin e todos os sócios e diretores do grupo "tenham assegurado o direito de exercerem a prerrogativa constitucional contra a autoincriminação e de serem acompanhados por seus advogados, assim como se comunicarem com eles durante o depoimento". Mello negou o pedido para que eles não assinassem o termo de compromisso de dizer a verdade à CPI, mas assegurou aos advogados de defesa o direito de ter acesso aos documentos da comissão.