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Desigualdade no Brasil diminui em 10 anos, aponta IDHM

Agência Estado
25 nov 2014 às 16:55

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O Brasil está menos desigual. Resultados do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) em 16 regiões metropolitanas mostram que indicadores de saúde, educação e renda durante 2000 e 2010 melhoraram em todas as áreas analisadas. Nesta nova edição, todas as regiões receberam pontuação suficiente para serem classificadas como de "alto desenvolvimento humano". A maior velocidade no avanço foi registrada em regiões Norte e Nordeste.

São Paulo é a região metropolitana com (IDHM) mais alto do País. Em um índice que vai de 0 (mínimo) a 1 (máximo), a região paulista alcançou a nota 0,794, seguido de perto pelo Distrito Federal, com 0,792, e por Curitiba, com 0,783. Manaus, o pior colocado, registrou nota 0,720.

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Apesar de se encontrar na última colocação, a Região Metropolitana de Manaus foi a que apresentou no período maior crescimento: 0,135 ponto, ou 23% sobre o índice anterior. A Região Metropolitana de São Luís também apresentou crescimento significativo: 0,113 ponto.

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"A desigualdade continua existindo, a boa notícia é que ela está em queda", afirmou o ministro Marcelo Neri, da Secretaria de Assuntos Estratégicos. O avanço na classificação das regiões é atribuído principalmente à educação.
"Indicadores mostram que estamos avançando. Democracia, universalização e combate à pobreza dão resultado e isso se reflete no Atlas. É o principal resultado que se pode trazer", disse o pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) Marco Aurélio Costa.

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Feito pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), pelo Ipea e pela Fundação João Pinheiro, o levantamento comparou indicadores de regiões metropolitanas que, reunidas, concentram 50% do Produto Interno Bruto (PIB) e 36,5% da população.


Embora todas as regiões avaliadas tenham sido classificadas como de "alto desenvolvimento humano" (maior ou igual a 0,7 até o limite de 0,8), os números ainda refletem alto grau de desigualdade.

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Diferenças dentro de uma mesma região


Habitantes de uma mesma região metropolitana podem apresentar expectativa de vida com diferença de até 14 anos. São Paulo segue o padrão. Na área com melhor pontuação (como a que compreende o Jóquei Clube e o Estádio do Morumbi), habitantes vivem em média 82,4. Nas regiões com pior desempenho, a vida média é de 69 anos.

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Neri cita como exemplo de desigualdade taxas de analfabetismo registradas no Lago Sul, área nobre do Distrito Federal e o bairro Paranoá. "A distância entre as duas áreas é pequena, basta cruzar o lago. Mas os índices de analfabetismo na região mais rica é 10 vezes menor", disse.


No Recife, a diferença entre Espinheiro, a região com maior IDHM, e Ipojuca, o pior colocado, é de 0,432 ponto. É a maior desigualdade entre todas as áreas metropolitanas pesquisadas. Já Cuiabá tem a menor diferença dentro da sua zona metropolitana, 0,325 ponto.

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As diferenças são constatadas em todas as dimensões avaliadas. Em Curitiba, por exemplo, moradores da região do Centro e Rebouças apresentam 0,954 na área de educação. Doutor Ulisses, o pior colocado, tem 0,362.


Em Manaus, o IDHM Renda das zonas mais ricas, como Ponta Negra, é mais do que o dobro do registrado na zona rural de Itacoatiara, de apenas 0,490.

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O IDHM é preparado a partir de dados do Censo de 2010. São avaliados dados de saúde, renda e escolaridade. A partir dos indicadores, é possível formar uma classificação geral e de acordo com desempenho em cada uma das áreas.


O melhor IDHM de São Paulo foi o de longevidade: 0,853. O IDHM Renda, calculado a partir da renda média mensal dos residentes da metrópole, foi de 0,812. O IDHM de Educação - preparado a partir da proporção da população adulta de 18 anos ou mais que concluir o ensino fundamental e do fluxo escolar da população jovem - foi o pior indicador: 0,723.

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Diferença entre regiões


Em 2000, a diferença entre Regiões Metropolitanas de São Paulo e de São Luís - a maior registrada naquele período - era de 0,132 ponto. No mais recente levantamento, a diferença entre o melhor e o pior colocado - Distrito Federal e Fortaleza, respectivamente - foi de 0,110 ponto.


A diferença de esperança de vida, que em 2000 era de 4,82 anos entre o primeiro e último colocado (Porto Alegre e São Luís) passa para 2,9 anos em 2010 (Distrito Federal e São Luís).


"Os dados são muito bons", avaliou Néri.


Ele afirmou que os dados poderiam ter sido divulgados há alguns meses, mas afirmou que o anúncio foi adiado por causa das eleições. "A instituição tem um cuidado fundamental. Achamos importante divulgar quando corações e mentes já estão mais calmos, olhando as coisas com mais clareza", disse.

Em outubro, o diretor Herton Araújo pediu afastamento depois de o Ipea retardar a divulgação de dados sobre extrema miséria.


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