Em discurso durante a cerimônia de apresentação dos 65 novos oficiais generais promovidos em 31 de março, a presidente Dilma Rousseff afirmou que as Forças Armadas têm de estar à altura do País, que hoje é a sexta economia do mundo, seja em "meritocracia, profissionalismo, capacidade técnica e dissuasória". Dilma sinalizou ainda com a disposição do governo de dar prosseguimento à aquisição de equipamentos para modernização das Forças Armadas, mas sem mostrar exatamente o que atenderá e quando, lembrando que o poder dissuasório é fator que inibe investidas sobre o País.
"Somos e continuaremos a ser um País pacífico", disse a presidente. Ela acrescentou que respeita as demais nações e quer manter as "relações boas e frutíferas" com os países vizinhos. Mas ressalvou que "a capacidade dissuasória é fundamental para este cenário de paz e de respeito".
Dilma reconheceu ainda que "a dissuasão requer Forças Armadas bem equipadas e bem treinadas e exige uma indústria de defesa forte". E emendou: "é isto que nos cabe construir nos próximos anos". Para a presidente, a recomposição da capacidade operativa das Forças Armadas precisa estar associada à busca de autonomia tecnológica, que depende do fortalecimento da indústria de defesa nacional. "É assim que as Forças Armadas continuarão a exercer com excelência suas tarefas constitucionais", observou.
Leia mais:
Brasil registra mais de 11 mil partos resultantes de violência sexual, diz pesquisa
Justiça do Trabalho em SP multa iFood em R$ 10 milhões e exige registro de entregadores
Com sorteio nesta quinta, Mega-Sena tem prêmio estimado em R$ 3,5 milhões
Trabalho de casa e filhos afastam jovens negras do emprego e do estudo
Ainda sobre as Forças Armadas, Dilma elogiou a presença do Brasil no Haiti e nas operações de garantia da lei e da ordem, na recuperação de áreas conflagradas, como as do Rio de Janeiro. Disse que os novos tempos impõem grandes desafios, como a proteção das linhas de transmissão, hidrelétricas e pré-sal.